Manifestação por reformas eleitorais termina em violência em Hong Kong
Polícia alega que havia dado autorização para o ato, mas não para que saíssem do local designado
publicidade
A polícia de Hong Kong disparou gás lacrimogêneo contra manifestantes que protestavam, neste domingo, num parque público, exigindo uma reforma eleitoral e um boicote ao Partido Comunista da China.
Segundo informações locais, o governo teria autorizado a concentração, mas não a marcha da qual participaram milhares de pessoas, envergando roupas negras e máscaras.
Os protestos chegaram às ruas de Hong Kong de forma violenta em junho por causa de um controverso projeto de lei de extradição, retirado pelo governo, mas transformaram-se num movimento de luta em defesa da democracia e contra o autoritarismo de Pequim.
Dois policiais foram agredidos por militantes pró-democracia em meio aos confrontos em uma manifestação por mais liberdade democrática neste território semiautônomo. Os distúrbios aconteceram quando a polícia ordenou a dispersão da manifestação previamente autorizada. A ordem foi dada depois que manifestantes lançaram garrafas de água e tinta nos agentes.
Um grupo de oficiais à paisana, que conversava com os manifestantes, foi atacado por homens com os rostos cobertos que os atingiram com pedaços de pau e guarda-chuvas. Dois policiais foram feridos na cabeça. "Atos dessa natureza não podem ser aceitáveis", afirmou a polícia em um comunicado no Facebook.
A polícia lançou gás lacrimogêneo para dispersar a multidão. Hong Kong está há sete meses mergulhada em protestos nas ruas, alguns violentos, que levaram à sua pior crise em décadas.