Manifestantes invadem Parlamento de Hong Kong e penduram bandeira da era colonial britânica

Manifestantes invadem Parlamento de Hong Kong e penduram bandeira da era colonial britânica

Região foi transferida do Reino Unido para a China em 1997, mas o território é administrado sob acordo conhecido como "um país, dois sistemas"

Correio do Povo

Paredes também foram pichadas

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Manifestantes invadiram o Conselho Legislativo (Parlamento) de Hong Kong nesta segunda-feira, aniversário da devolução da cidade ao controle chinês em 1997, em meio à revolta generalizada com um projeto de lei que permitiria extradições à China, aprofundando o caos na cidade. Um grupo de centenas de pessoas pichou as paredes do local e exibiu uma bandeira da era colonial britânica no plenário. As autoridades chegaram de ônibus e se posicionaram em torno do prédio do Conselho Legislativo, no coração do distrito financeiro.

Uma jornalista da CNN no local, explicou no Twitter que aqueles que ocuparam o Parlamento deixaram o prédio no início da intervenção policial, pouco depois da meia-noite, hora local. Depois, a confusão se espalhou para as ruas. Os agentes dispararam várias rodadas de gás lacrimogêneo enquanto as pessoas que protestavam seguravam guarda-chuvas para se proteger ou fugiram. Plumas de fumaça se espalharam entre alguns dos arranha-céus mais altos do mundo.

Alguns oficiais seguravam cartazes azuis que dizem: “Esta reunião ou procissão está em violação da lei. Dispersar ou podemos usar a força". Mais cedo, a polícia divulgou um comunicado em sua página no Facebook, alertando que "usará um nível adequado de força" se os manifestantes não deixarem o prédio da Câmara Legislativa. “A polícia emite a mais forte condenação aos desordeiros que violentamente invadiram o Conselho Legislativo. A polícia vai limpar a vizinhança em breve e se for obstruída, a polícia usará um nível adequado de força. A polícia pede que os manifestantes que não estão envolvidos saiam do Conselho Legislativo o mais rápido possível”, diz o texto. 

Hong Kong foi transferida do Reino Unido para a China em 1997, mas o território ainda é administrado sob um acordo conhecido como "um país, dois sistemas". Desta maneira, os habitantes do território desfrutam de direitos raramente vistos na China continental. Muitas pessoas, no entanto, sentem que lentamente Pequim vai deixando o acordo de lado.

Londres expressa apoio "inabalável" às liberdades em Hong Kong

O chefe da diplomacia britânica, Jeremy Hunt, manifestou segunda-feira "apoio incondicional" de seu país para "Hong Kong e liberdades neste aniversário" da entrega da ex-colônia britânica para a China. "Violência não é aceitável, mas [Hong Kong] tem de preservar o direito de manifestações pacíficas sob a lei, como demonstrado pelas centenas de milhares de pessoas corajosas hoje" , acrescentou em um tweet:


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