Marinha encontra 104 corpos de migrantes na Líbia

Marinha encontra 104 corpos de migrantes na Líbia

Mortos podem ter sido vitimas de decorrentes naufrágios na região

AFP

Marinha encontra 104 corpos de migrantes na Líbia

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A Marinha Líbia anunciou que encontrou, na véspera do naufrágio com 700 pessoas na Grécia nesta sexta-feira, 104 corpos de migrantes afogados em suas costas, que poderiam ter sido de vítimas de uma série de naufrágios na última semana.



Na Líbia, a Marinha anunciou que encontrou nessa quinta-feira ao menos 104 corpos nas praias de Zuara (Oeste), não muito distante da fronteira com a Turquia. As autoridades temem que este número aumente. O porta-voz da Marinha líbia, o coronel Ayoub Qassem, não confirmou se os corpos encontrados são de migrantes, cujas embarcações naufragam na semana passada na mesma região.

A polícia portuária grega interceptou no dia 27 de maio uma lancha pilotada por dois supostos traficantes de pessoas, um ucraniano e um egípcio, que transportava 65 sírios, afegãos e paquistaneses.

Esta interceptação e o naufrágio dão a entender que estão sendo retomadas as rotas migratórias que haviam sido abandonadas em 2015, quando aumentaram as viagens entre a costa turca e as ilhas gregas do leste do Egeu, sobretudo Lesbos e Quios. O fluxo migratório para as ilhas do Egeu registrou uma queda considerável depois que uma força naval da Otan foi mobilizada e da entrada em vigor do acordo entre União Europeia e Turquia.

No decorrer do ano, 366 migrantes, entre eles muitas crianças, morreram afogados nesta área do Mar Egeu. O último naufrágio mortal, que deixou cinco vítimas, quatro mulheres e uma criança, aconteceu no início de abril perto da ilha de Samos.

O pacto UE-Turquia prevê que Ancara reforce a luta contra o tráfico de migrantes na costa turca em troca de apoio político e financeiro europeu. Também determina que os migrantes que chegam à Grécia por esta via desde 20 de março devem ser reenviados para a Turquia, incluindo os sírios que solicitam asilo. Antes do êxodo para as ilhas gregas, vários barcos de migrantes haviam sido interceptados ou resgatados nos últimos anos mais ao oeste da Grécia, normalmente quando seguiam para a Itália, procedentes da Turquia ou das costas africanas do Mediterrâneo.

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