Massa reconhece vitória de Javier Milei nas eleições presidenciais da Argentina

Massa reconhece vitória de Javier Milei nas eleições presidenciais da Argentina

Jornais locais informaram concessão do candidato peronista ao libertário de direita

AFP

Javier Milei, ao votar neste domingo

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A Argentina elegeu, neste domingo, o libertário de direita Javier Milei. Antes mesmo do início oficial da divulgação dos votos pelo órgão eleitoral, o representante do atual governo, peronista Sergio Massa, reconheceu a derrota nas urnas, em contato com o jornal argentino Clarín.

"Os resultados não são o que esperávamos. Me comuniquei com Javier Milei para parabenizá-lo e desejar-lhe sorte porque é o presidente que a maioria dos argentinos elegeu para os próximos quatro anos", disse Massa em discurso aos militantes em seu comitê de campanha.

No meio de uma grave crise econômica, a campanha eleitoral ocorreu entre os sentimentos de raiva com a política tradicional representada por Massa e medo diante das propostas radicais de Milei. As pesquisas previam um "empate técnico" dos dois candidatos, com muitos argentinos que deixaram para decidir o voto no último minuto.

A jornada eleitoral transcorreu sem incidentes. Milei, um economista de 53 anos que se define como anarcocapitalista, votou por volta do meio-dia em Buenos Aires, em meio à comoção de seus seguidores que cantavam "a casta tem medo", em referência à classe política. "Esperemos que os números sejam tão claros para que hoje (domingo) à noite tenhamos um presidente eleito", disse o candidato, acrescentando que estava "muito tranquilo".

Massa votou na localidade de Tigre, seu reduto ao norte Buenos Aires, onde tirou diversas fotos com simpatizantes sob um sol intenso. "Esperemos o resultado com tranquilidade, com esperança e, sobretudo, com otimismo de que o futuro da Argentina nos encontre melhores e mais unidos", disse o advogado de 51 anos e longa trajetória política.

Os centros de votação foram fechados às 18h e o índice de participação foi de 76% em um universo de 35,8 milhões de eleitores.


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