Milhares de gregos protestam contra acordo sobre o nome Macedônia
População teme que mudança possa confundir com província homônima do norte da Grécia
publicidade
Uma recente pesquisa para o canal de televisão Action 2 mostrou que 59% dos gregos discordam da presença da palavra Macedônia no futuro nome do país, um compromisso que o governo de esquerda de Alexis Tsipras e o novo primeiro macedônio socialdemocrata, Zoran Zaev, parecem estar dispostos a negociar. Cerca de 35% dos gregos dizem que não se incomodariam.
A marcha foi organizada e financiada em grande parte por grupos da diáspora grega, associações de militares reformados, grupos religiosos e associações culturais da Macedônia grega. Nesta semana, o enviado das Nações Unidas para o tema, Matthew Nimetz, disse em Atenas que chegou a hora de encontrar uma solução.
Essa disputa remonta à independência da antiga república iugoslava. Os gregos temem que, com a atribuição oficial do nome de Macedônia ao país, não se possa distingui-lo do nome da província fronteiriça homônima do norte da Grécia.
Como consequência, a Grécia bloqueou há dois anos a adesão de sua vizinha à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e ao processo para integrar a União Europeia.
Para o professor de Ciência Política Nikolaos Tzifakis, da Universidade de Peloponeso (sul), "muitas pessoas veem agora a mudança política (sobre esse assunto) pelo prisma da crise política e a enxergam como uma concessão a mais".