Milhares de negros protestam em Washington para exigir justiça
Erros policiais reacendem tensão racial nos Estados Unidos
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americanos.
A principal organização por trás do protesto foi a "Nation of Islam", dirigida por Louis Farrakhan e integrada exclusivamente por homens negros. O grupo é acusado de incitar ao ódio pelo Southern Poverty Law Center, instituição que monitora este tipo de movimento nos Estados Unidos. "Não é uma passeata, é uma reunião em busca de justiça", disse Louis Farrakhan ao manifestantes reunidos em torno das escadas do Capitólio. "Chegará o momento de dizermos já basta, isto tem que mudar, e precisamos estar preparados para fazer o que for preciso para obter esta mudança. Se nos negam o que nos devem, é que nos falta uma ação unificada para forçar a justiça que estamos buscando".
"Há vinte anos, a morte de Tamir Rice (12 anos) teria passado despercebida, permitindo à polícia mentir sem que todos soubessem a verdade", declarou outra líder, Tamika Mallory, citando os jovens negros mortos pela polícia nos últimos anos, como Michael Brown, em Ferguson, e Eric Garner, em Nova Iorque.
O presidente Barack Obama, primeiro mandatário negro dos Estados Unidos, participou da "Marcha do Milhão" em 1995, quando era senador por Illinois. Nos últimos 20 anos, as condições sócio-econômicas dos negros nos Estados Unidos não melhoraram: a taxa de desemprego entre os homens negros era de 8,9% em setembro de 2015, contra 8,1% em outubro de 1995.