Milhares marcham contra Trump no aniversário de sua posse
Segunda “Marcha das Mulheres” ocorre em diversas cidades dos Estados Unidos
publicidade
Mais de 300 povoados e cidades estão organizando marchas e protestos pelo aniversário da posse de Trump, embora nem todos estejam relacionados entre si.
Com seu epicentro em Washington, as marchas esperavam ser muito mais modestas do que há um ano, quando uma estimativa de 3 milhões de pessoas em todo o país protestaram contra a chegada do magnata à Casa Branca. Mas as manifestações deste fim de semana esperam manter a chama da resistência com a mensagem “Power to the Polls” (Poder às urnas), com o objetivo de estimular a votação e potencializar a participação das mulheres nas eleições de meio de mandato de novembro, na qual uma cifra recorde de mulheres disputam um cargo.
Os manifestantes se reuniram em Washington, Nova York, Chicago, Denver e outras cidades americanas neste sábado, muitos vestindo os famosos gorros cor de rosa com orelhas de gato, conhecidos como “pussy hats”, uma referência à fala sexista de Trump - registrada em uma gravação - de que era capaz de “pegar pela xoxota” (“by the pussy”, no original em inglês) impunemente as mulheres que desejava.
“Fomos à primeira marcha das mulheres, mas sentimos que nosso trabalho não está terminado e que há muito mais que precisamos conquistar”, disse Tanaquil Eltson, de 14 anos, que foi ao protesto em 2017 e retornou neste sábado em Washington com sua mãe. “Sei que o mundo que me cerca não é de cores alegres, dá medo. Mas estou emocionada de ser capaz de conquistá-lo”, disse, vestindo uma roupa de Super-Mulher.
Sua mãe, Vitessa, uma tenente-coronel do Exército reformada, também se mostrou esperançosa: “Convivi durante décadas com problemas de assédio sexual e isso está melhorando, mas não está nada perto de onde precisa estar”, comparou, usando uma roupa de Mulher-Maravilha, fazendo uma brincadeira com sua filha. “Os temas que as mulheres enfrentam não estão suficientemente representados em nosso país. Por isso, é um privilégio sermos capazes de sair e tentar fazer algo como cidadãos”, acrescentou.
Milhares de manifestantes seguravam cartazes com mensagens que incluíam “Lute como uma menina” e “Lugar de mulher é na Casa Branca”.