Ministros venezuelanos cancelam comparecimento no Parlamento

Ministros venezuelanos cancelam comparecimento no Parlamento

Integrantes do governo iriam explicar a situação da economia e um decreto de urgência

AFP

Integrantes do governo iriam explicar a situação da economia e um decreto de urgência

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O governo venezuelano cancelou na última hora seu comparecimento no Parlamento, no qual deveria explicar nesta quinta-feira a situação da economia e um decreto de urgência, ao se negar a que a sessão fosse pública, informaram fontes legislativas.

"Tive uma conversa por telefone com o vice-presidente (Aristóbulo) Istúriz, que me disse que os ministros convocados (...) não compareceriam à sessão desta tarde, na qual deveriam responder a perguntas formuladas por escrito pelos membros da comissão especial, se esta sessão seria pública com a presença da mídia", afirmou o presidente do Parlamento de maioria opositora, Henry Ramos Allup.

Poucos minutos antes, o chefe do bloco governista na Assembleia Legislativa, Héctor Rodríguez, tinha dito a jornalistas que "a vice-presidência econômica - nos informou o governo - não vai participar".

O decreto de emergência econômica deve ser aprovado ou rejeitado pela Câmara no mais tardar nesta sexta-feira.

Rodríguez destacou que a oposição queria transformar o ato em "show midiático" e não "discutir com sinceridade os problemas econômicos, o decreto, se vamos acompanhar o presidente" Nicolás Maduro na declaração de emergência econômica.

"É, infelizmente, a oposição que temos, os chamamos à reflexão, não é hora de cálculo político, não é hora de show, mas de assumir responsavelmente o momento histórico que estamos vivendo, dar um passo adiante e acompanhar o presidente", acrescentou.

Ramos Allup destacou que a junta diretiva da Câmara e os membros da comissão que estuda o decreto se negaram "categoricamente" a levar adiante a sessão sem a participação da imprensa e anunciou que na sexta-feira o plenário tomará uma decisão cumprindo o prazo legal.

Allup afirmou, ainda, que o Legislativo iniciará um procedimento por desacato contra os funcionários que se negaram à interpelação legislativa.

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