Moluscos em asa de avião podem elucidar mistério do MH370
Perceves são decisivos para determinar por quanto tempo a peça permaneceu na água
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Na semana passada, um fragmento de asa de avião, chamado flaperon, apareceu na ilha francesa de Reunião e deu novas esperanças para resolver um dos maiores mistérios da história da aviação. Depois de confirmar que se trata de um fragmento de Boeing 777, especialistas da aviação americana e da Boeing começarão na quarta-feira na França a examinar o fragmento com cuidado.
E, segundo os cientistas, os perceves podem ser decisivos para determinar por quanto tempo a peça permaneceu na água. "É possível determinar a idade dos perceves e, se forem mais velhos que a data do desaparecimento, isso significará que o fragmento não é do avião", disse Melanie Bishop, professora de ciências biológicas na universidade Macquarie de Sydney.
Também será possível analisar as conchas para determinar a temperatura das águas por onde a peça transitou. Os cientistas também afirmam que é possível determinar de que família são os moluscos incrustados na asa para determinar por onde a peça passou.
Segundo o especialista em geologia Hans-Georg Herbig, se ficar confirmado que os perceves são da família dos Lepas, "poderemos ter a certeza de que o acidente ocorreu em uma zona de águas frias do sudoeste da Austrália". "Se a peça só tiver perceves de água fria pode significar que esteve mais ao sul do que acreditávamos. Se forem apenas perceves tropicais significará que esteve mais ao norte", confirma Shane Ahyong, um especialista em crustáceos do museu de história natural australiano.