Montevidéu vive dia de medo por causa dos ventos

Montevidéu vive dia de medo por causa dos ventos

Até presidente do Uruguai se fere ao tentar ajudar vizinho

MetSul

Montevidéu enfrentou uma série de transtornos por causa da ventania

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A capital uruguaia experimentou um dia de pânico e destruição, ao longo desta quarta-feira. Um ciclone extratropical que se formou no Rio da Prata castigou Montevidéu com chuva forte e vento destrutivo. De acordo com a MetSul Meteorologia, o maior registro alcançou 122 km/h no Aeroporto Internacional de Carrasco, ao meio-dia. Pelo menos duas pessoas morreram no país vizinho em virtude das imtempéries do clima.

Danos materiais foram registrados aos montes. Centenas de árvores caíram na cidade. A faixa de areia desapareceu na praia de Pocitos, cartão postal de Montevidéu. Barcos do porto de Buceo foram jogados pelo vento em terra. Além disso, telhas voaram sobre as ruas e até o revestimento de prédio chegou a ser arrancado pela força da ventania, que se intensificou no fim da manhã.

Os bancos não abriram e empresas interromperam o expediente. Todos os shopping centers da cidade foram fechados e alguns dos maiores prédios de Montevidéu como da Prefeitura, Congresso Nacional e World Trade Center foram evacuados pelos danos. Na Plaza Independencia, no coração da cidade, uma corda foi colocada para que as pessoas conseguissem atravessar a rua sem cair.

O vento intenso castigou grande parte do Uruguai. Os departamentos mais afetados foram do Sul e do Leste do país como Rocha e Maldonado. Em Punta del Este, segundo a Meteorologia do governo uruguaio, o vento atingiu 172 km/h às 17h. As ruas ficaram tomadas por grande quantidade de areia.

Presidente do Uruguai se fere ao ajudar vizinho

Além dos dois mortos, houve casos de pessoas feridas pela força do vento, incluindo o próprio presidente uruguaio José Mujica que lesionou o nariz ao tentar ajudar vizinho com a casa destelhada. De acordo com o jornal El País, 462 pessoas estavam desabrigadas até o início da noite.

De acordo com o jornal El Pais, 462 pessoas estavam desabrigadas no início da noite. A tendência é que o quadro melhore nesta quinta-feira com vento mais fraco. O alerta vermelho no país dura até as 22h desta quarta-feira.

“As cenas do vento extremo e da chuva horizontal na Rambla com as ondas estourando lembravam o que costuma se ver em furacões”, comentou o meteorologista da MetSul Luiz Fernando Nachtigall.

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