Morre aos 90 anos o ator franco-sueco Max von Sydow

Morre aos 90 anos o ator franco-sueco Max von Sydow

Causa da morte do extenso colaborador de Ingmar Bergman não foi revelada pela família

Correio do Povo

Ator teve carreira de mais de 65 anos

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O ator franco-sueco Max von Sydow – conhecido pelos seus trabalhos com o cineasta Ingmar Bergman e em "O Exorcista" – morreu aos 90 anos, informou a família do ator"É com o coração partido e com infinita tristeza que temos a extrema dor de anunciar a saída de Max von Sydow, em 8 de março de 2020", afirmou sua viúva, Catherine Brelet, em uma declaração enviada pelos representantes internacionais do artista. Sua carreira de 65 anos abrangeu aclamados filmes de ação, blockbusters de Hollywood e televisão. Nos últimos anos, ele interpretou Lor San Tekka em "Star Wars: O Despertar da Força" e o Corvo de Três Olhos em "Game Of Thrones".

Nascido em Lund, no sudoeste da Suécia, von Sydow estudou no Royal Dramatic Theatre de Estocolmo antes de começar a atuar no cimena, com Bergman. Os créditos da dupla incluem o clássico "O Sétimo Selo", no qual ele interpreta um homem que joga uma partida de xadrez com a Morte, o indicado ao Oscar "Morangos Silvestres" o vencedor na categoria de melhro filme estrangeiro, em 1961, "A Fonte da Donzela".

Depois de ganhar reconhecimento internacional, se mudou para os Estados Unidos em meados da década de 1960, aparecendo como Jesus em "A maior história de todos os tempos", de George Stevens, e recebendo indicações ao Globo de Ouro por "Havaí", em 1966, e "O Exorcista", em 1973. Ele estrelou em filmes de uma série de gigantes como Lars von Trier, Wim Wenders, Woody Allen, Steven Spielberg, Julian Schnabel, Martin Scorsese e Ridley Scott.

Mas von Sydow nunca abandonou diretores escandinavos, recebendo uma indicação ao Oscar de melhor ator por seu papel em "Pelle, o Conquistador", de Bille August, e estrelando o aclamado épico de duas partes de Jan Troell, "Os Emigrantes" e "A Nova Terra". Em entrevista ao jornal sueco Dagens Nyheter nesta segunda, Troell afirmou que von Sydow significou muito para ele, principalmente em sua escolha de profissão. Eles trabalharam juntos pela primeira vez em 1965, no curta-metragem "Residence in the pantanal". "Eu não teria a profissão que tenho agora sem ele, na verdade. O fato de ele concordar em estrelar um pequeno filme com um cineasta amador desconhecido foi uma experiência fantástica. Ele se tornou meu mentor", comentou.

O papel final do artista no cinema estava marcado para o próximo drama de Nicholas Dimitropoulos, "Echoes Of The Past". Ele foi casado duas vezes, com a atriz Kerstin Olin, em 1951, e com a cineasta francesa Catherine Brelet, desde 1997. Além da esposa, ele deixa quatros filhos, dois do primeiro matrimônio – Claes e Henrik, que apareceram com o ator em "Havaí" – e dois do segundo – Cedric e Yvan.

 

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