Mortos tinham ferimentos de guerra, relata médico após ataque a tiros nos Estados Unidos

O ataque a tiros realizado por Robert E. Crimo em Highland Park, no estado de Illinois, nos Estados Unidos, deixou seis pessoas mortas e ocorreu durante uma parada para desfile de 4 de julho. Novos relatos da tragédia começam a surgir e apontam para um cenário de horror. Um deles envolve o médico David Baum, que foi uma das primeiras pessoas a atender as pessoas que foram atingidos pelas balas. Segundo ele, as vítimas que foram mortas tinham ferimentos de guerra. 

De acordo com a rede de notícias norte-americana CNN, Baum e a esposa estava na parada e o neto deles era um dos participantes do desfile. Ele contou que enquanto a família correu para longe dos tiros, ele foi ao encontro do que estava acontecendo. "A cena horrível que vi de alguns corpos é inexplicável para as pessoas comuns. Eu sou médico e já vi coisas em emergências, vi muito sangue, mas os corpos estavam, literalmente, com as vísceras expostas, tamanho era o poder das armas e das balas", narrou.  

Para Baum, a comunidade de Highland Park não será mais a mesma após o ataque. "Eu cresci aqui, e voltei para cá com a minha esposa. Nós criamos as nossas crianças neste lugar. Minha filha e meu genro se mudaram para cá porque tinham preocupações em relação à violência com armas e assaltos na cidade onde tiveram o meu neto. E agora as pessoas estão assustadas em levar seus filhos para a creche", comentou.  

Prisão 

Antes de ser preso, Crimo, de 22 anos, ficou foragido por pouco mais de dez horas. Segundo o jornal Chicago Sun-Times, ele foi detido pelas autoridades do país "sem incidentes". O preso é suspeito de ter usado um rifle de grosso calibre para atirar contra participantes de um desfile para comemorar a independência dos EUA, na cidade de Highland, que possui pouco menos de 30 mil habitantes.

Informações da AFP apontam para 24 hospitalizados, sem indicações de quantos foram feridos por disparos de arma de fogo. As autoridades não divulgaram o estado de saúde das pessoas internadas.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que estava "chocado" com o ataque na região metropolitana de Chicago, e afirmou que trabalhará para que eventos como este sejam menos comuns no país.