Motorista do caminhão de atentado em Berlim tinha marcas de golpe
Primo do rapaz foi chamado pela polícia para identificar a vítima em uma foto
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Zurawski foi chamado no meio da noite pela polícia polonesa para identificar a vítima em uma foto. "Vimos sinais de espancamento, está claro que lutou. Seu rosto estava sangrando, machucado. Havia uma ferida com uma faca", conta. "A polícia me disse que havia também um ferimento de bala". A família do motorista está em estado de choque. Seu pai foi levado ao hospital. Sua esposa foi à polícia, mas não viu a fotografia. "Era é uma pessoa de grande força", disse Zurawski. "Ele queria voltar a qualquer preço na quinta-feira, o mais tardar, para comprar um presente para sua esposa", disse o contratante.
O motorista teve o último contato por telefone com sua esposa por volta das 15h (horário local) de segunda-feira. Falaram pouco, porque ela ainda estava no trabalho e deveriam voltar a se falar uma hora depois. Mas às 16h ele já não atendia mais o telefone. Posteriormente, conseguiu rastrear o veículo graças ao GPS. Por volta das 15h45min, o caminhão foi ligado, mas fazia apenas pequenos movimentos para trás e para a frente, "como se alguém estivesse aprendendo a dirigir-lo". Nesse momento, Zurawski entendeu que "alguma coisa ruim" tinha acontecido. O caminhão deixou o estacionamento onde estava às 19h40min, fazendo um percurso de dez quilômetros até a feira de natal.