Muçulmanos iniciam peregrinação anual à Meca após tragédia
Quase dois milhões de pessoas devem participar do hajj
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Ao lado dele, homens e mulheres ouviam os pregadores, que contam a história e os rituais que devem ser cumpridos durante o hajj O primeiro momento da peregrinação é conhecido como o dia de Tarwiah, no qual os peregrinos costumam dar de beber a seus animais e armazenam água para seguir até o Monte Arafat, a 10 km de Mina. Atualmente os fiéis passam o primeiro dia rezando e recitando o Alcorão. A peregrinação termina depois com o chamado dia de Arafat.
Durante o hajj, os peregrinos devem respeitar o ihram, um estado de pureza durante o qual não podem usar perfume, cortar as unhas ou fazer a barba. Além disso, os homens são obrigados a vestir uma túnica branca que simboliza a ressurreição e a unidade de todos os peregrinos, sem distinção de status social ou nacionalidade. As mulheres devem usar roupas longas que cubram todo o corpo, com exceção do rosto e das mãos.
A tradição remonta aos tempos do profeta Maomé, há quase 1,4 mil anos, e é um dos cinco pilares do islã, os preceitos que os muçulmanos devem cumprir ao longo da vida.
Grandes medidas de segurança
Após vários acidentes graves, como tumultos provocados por correrias e incêndios que deixaram centenas de mortos, as peregrinações dos últimos anos aconteceram sem incidentes.
Mas no dia 11 de setembro uma enorme grua das obras próximas à Grande Mesquita de Meca foi derrubada pelo vento e matou 109 pessoas, incluindo sauditas, nigerianos, malaios, indonésios e indianos. O acidente mostrou os riscos da ampliação do principal local sagrado do islã, que está em contínua expansão e recebeu o apelido de Manhattan saudita.
A Arábia Saudita mobilizou um enorme dispositivo de segurança para evitar incidentes, como possíveis ataques jihadistas. As autoridades temem possíveis ataques do Estado Islâmico (EI), que nos últimos meses executou atentados contra várias mesquitas do país. "Adotamos medidas para evitar atos de sabotagem de grupos terroristas durante a temporada do hajj", disse o general Mansur al-Turki, porta-voz do ministério do Interior, que anunciou o envio de quase 100 mil policiais.