Mulheres divorciadas devem esperar 100 dias para casar novamente no Japão
Avaliação ainda deve ser aprovada pelo Parlamento do país
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A avaliação, que ainda deve ser aprovada pelo Parlamento japonês, permite que uma mulher se case novamente imediatamente desde que um atestado médico mostre que não está grávida ou, caso contrário, que a concepção ocorreu após o divórcio.
A mudança no Código Civil, que data de 1898, não é suficiente, estimou em um relatório divulgado na segunda feira, em Genebra, o Comitê das Nações Unidas para a eliminação da discriminação contra as mulheres. "O Código Civil continua proibindo apenas as mulheres a voltarem a se casar durante um período exato após o divórcio", alertou o comitê.
Em alguns países ocidentais até pouco tempo regiam leis similares. A França, por exemplo, mudou em 2004 a lei que determinava que as mulheres não podiam se casar até 300 dias após o divórcio. O comitê também condenou a lei japonesa que obriga os casais casados a compartilhar o mesmo sobrenome. Segundo o comitê, a prática é "discriminatória" já que no Japão 96% dos casais adotam o sobrenome do marido.