Multidão celebra primeiro dia do mais novo país do mundo, o Sudão do Sul
Após décadas de guerra civil, sulistas garantem sua independência
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"Somos livres! Somos livres! Adeus ao norte, bem-vinda a felicidade!", clamava em meio à multidão uma entre milhões dos recém instituidos sudaneses do sul Mary Okach.
Entre 1955, um ano antes da independência da Sudão (até então uma colônia anglo-egípcia), e 2005 os rebeldes sulistas entraram em duas guerras contra Cartum (capital do Sudão) reclamando maior autonomia. Os conflitos arrasaram a região, causaram milhões de mortes e provocaram uma desconfiança recíproca entre os dois lados do país.
Um acordo de paz foi firmado em 2005, pelo líder dos rebeldes John Garang – alguns meses antes de sua morte num acidente de helicóptero – e o presidente do Sudão Ali Osman Taha. O documento abriu um novo capítulo que possibilitou o referendo sobre a independência, realizado em janeiro deste ano, com vitória da separação das fronteiras.
Após décadas de guerra civil, sulistas comemoram sua independência. | Foto: Phil Moore / AFP / CP