Mundo deve alcançar um acordo mesmo imperfeito, diz Obama em Copenhague
Presidente dos Estados Unidos fez pronunciamento durante a sessão plenária da Conferência
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"Nesse estágio, a questão é saber se avançamos juntos ou se nos dividimos, se preferimos manter poses a ação", acrescentou. "Vamos continuar discutindo os mesmos argumentos mês após mês, ano após anos... enquanto o perigo da mudança climática cresce de forma irreversível".
"Nenhuma nação poderá obter tudo o que deseja", acrescentou, pedindo aos líderes para assumirem compromissos. "Estas discussões internacionais acontecem há cerca de duas décadas. O tempo das palavras acabou", lançou ele aos mais de 120 chefes de Estado que participam da cúpula sobre o clima.
"Podemos aprovar este acordo, dar um passo significativo à frente e até melhorá-lo, construindo sobre esta base", prosseguiu. "Podemos fazê-lo, e todos os que estão presentes nesta sala tomarão parte numa aventura histórica, para assegurar uma vida melhor para nossos filhos e nossos netos".
No pronunciamento, muito aguardado, o presidente americano não fez qualquer referência aos compromissos de seu país sobre a redução das emissões de gases de efeito estufa, assim como sobre uma ajuda financeira às nações em desenvolvimento, ou a exigência de transparência dos grandes países emergentes, entre eles a China.
A secretária de Estado americana Hillary Clinton havia anunciado quinta-feira que os Estados Unidos estavam prestes a contribuir com uma quantia de U$ 100 bilhões por ano, até 2020, como parte de um acordo sobre o clima, desde que os grandes países emergentes dessem prova de transparência.
No final de novembro, a Casa Branca havia divulgado as metas americanas a serem apresentadas em Copenhague: redução de 17% das emissões de gases de efeito estufa até 2020 em relação aos níveis de 2005 (ou seja cerca de -4% em relação a 1990) e de 42% em 2030, sobre os níveis de 2005.