Museu de Bagdá reabre portas doze anos após saque

Museu de Bagdá reabre portas doze anos após saque

Autoridades decidiram acelerar reabertura em resposta à destruição de muitas esculturas pré-islâmicas por combatentes do EI

AFP

Museu de Bagdá reabre portas doze anos após saque

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O museu nacional iraquiano reabriu oficialmente suas portas neste sábado, doze anos após um enorme saque que se seguiu à invasão americana e depois de enormes esforços para recuperar sua valiosa coleção de 15 mil peças.
Um terço destes objetos de arte voltou à coleção do museu, cujas autoridades decidiram acelerar a reabertura em resposta à destruição na quinta-feira de muitas esculturas pré-islâmicas do museu de Mossul, a segunda cidade iraquiana, por combatentes do grupo Estado Islâmico (EI).

"Estávamos preparando a reabertura há vários meses, o museu deve ser aberto a todo o mundo", declarou o vice-ministro iraquiano de Turismo e Antiguidades, Qais Husein Rachid. "Os acontecimentos em Mossul nos levaram a acelerar nosso trabalho e decidimos abrir hoje mesmo, em reação ao que os criminosos do Daesh (acrônimo árabe do grupo EI) fizeram", acrescentou.

Este grupo extremista divulgou na quinta-feira vídeos nos quais militantes destruíam esculturas e estátuas milenares.
Em um dos vídeos os jihadistas destroem um enorme touro alado assírio com uma britadeira. Esta destruição provocou uma onda de indignação internacional e o medo de que outros tesouros da rica herança pré-islâmica do Iraque desapareçam. A destruição em Mossul é a pior já sofrida pelo patrimônio cultural iraquiano desde a invasão americana de 2003. Redes criminosas em Bagdá aproveitaram o caos após esta invasão para saquear os museus da cidade.

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