Museu de Damasco reabre após seis anos

Museu de Damasco reabre após seis anos

Objetos expostos neste domingo pertencem a diferentes períodos, "da pré-história à era islâmica"

AFP

Síria reabriu neste domingo seu famoso Museu Nacional de Antiguidades em Damasco

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A Síria reabriu neste domingo seu famoso Museu Nacional de Antiguidades em Damasco, depois de seis anos fechado devido à guerra civil. Pela primeira vez desde 2012, a grande porta deste templo da cultura e da história, fundado em 1920, foi aberta. Os objetos expostos pertencem a diferentes períodos, "da pré-história à era islâmica", afirmou um responsável da Direção Geral de Antiguidades (DGA), Ahmad Dib. As autoridades trabalham para reabrir "todo o museu" em breve, acrescentou.

Este museu localizado no centro de Damasco foi fechado um ano após o início da guerra, quando a capital, relativamente à margem dos bombardeios, se tornou alvo de tiros rebeldes. Por medo de que o museu sofresse danos ou saques, muitas das peças foram transferidas para locais seguros. Os jardins do museu permaneceram abertos ao público.

A Síria tem mais de 700 sítios arqueológicos, muitos dos quais foram destruídos, danificados ou saqueados desde o início da guerra. Todos os envolvidos são acusados de terem participado de um saque maciço. Entre os locais mais famosos está a cidade histórica de Palmira, incluída na lista do Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco. As forças do regime a reconquistaram no ano passado depois de expulsar o grupo Estado Islâmico (EI).

A partir de 2012, o Departamento dos Museus armazenou cerca de 300.000 objetos e milhares de manuscritos, de todas as partes da Síria, em locais protegidos de incêndios, bombardeios e inundações. Mais de sete anos após o início da guerra, o regime de Bashar al-Assad, apoiado pelo exército russo, controla completamente a capital e seus arredores.

Além disso, suas tropas controlam quase dois terços do território do país. A guerra na Síria começou em 2011 após a sangrenta repressão de manifestações pró-democracia. Desde então, causou mais de 360.000 mortes.

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