Nível de radioatividade em Tóquio está acima do normal, anuncia governo japonês

Nível de radioatividade em Tóquio está acima do normal, anuncia governo japonês

Radiação ainda não é prejudicial à saúde humana na capital

AFP

O primeiro-ministro, Naoto Kan aconselhou a população neste raio a se proteger em casa, devido à capacidade de evacuação limitada

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O nível de radioatividade em Tóquio, registrado na manhã desta terça-feira, está acima do normal, conforme anúncio do governo metropolitano da capital. Por volta das 10h (22h de segunda-feira em Brasília), a radiação alcançou 0,809 micro sieverts, taxa aproximadamente 23 vezes maior do que o normal. Foram detectadas partículas de iodo e césio na atmosfera, mas ainda não está claro se isso está relacionado às explosões ocorridas no Nordeste do país. Entretanto, a quantidade radioativa ainda não é suficiente para prejudicar a saúde humana.

A taxa mais alta da radiação foi detectado após uma explosão às 18h14min (9h de segunda em Brasília) no edifício onde está o reator 2 da usina nuclear de Daiichi, em Fukushima - localizada a 250 quilômetros a Nordeste de Tóquio, a maior aglomeração urbana do planeta, com 35 milhões de habitantes. A China cancelou voos de Pequim e Xangai que tinham como destino a capital japonesa. O Ministério dos Transportes do Japão implementou uma zona de exclusão aérea de 30 quilômetros sobre a usina nuclear de Daiichi. O primeiro-ministro, Naoto Kan, também aconselhou a população neste raio a se proteger em casa, devido à capacidade de evacuação limitada.



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Conforme a agência de notícias Kyodo, a taxa de radioatividade na prefeitura de Ibaraki, situada às margens do Pacífico, ao Sul de Fukushima e a pouco mais de 100 km a Nordeste de Tóquio, também está acima do normal. Em Saitama, próximo à capital japonesa, a radiação está 40 vezes acima dos níveis normais.

O governo japonês e a Tokyo Electric Power Co. (Tepco) estão montando uma força-tarefa para trocar informações em tempo real sobre o complexo nuclear de Fukushima, no Nordeste do país. O anúncio foi pelo primeiro-ministro do Japão.

O Japão pediu oficialmente à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que envie uma equipe de especialistas para ajudar na atual crise nuclear, segundo o diretor-geral do órgão, Yukiya Amano. Os Estados Unidos também foram procurados pelo governo japonês em busca de ajuda, de acordo com a Comissão Reguladora Nuclear americana (NRC).


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