Número de mortos em incêndio de boate na Romênia aumenta para 45
Quatro pessoas que estavam hospitalizadas não resistiram aos ferimentos
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O músico deveria ser levado para um hospital na Suíça, mas seu estado de saúde piorou após a decolagem do avião, que teve que voltar para Bucareste. Morreu na ambulância que o levava para o hospital de queimados. Os dois guitarristas do grupo morreram no dia seguinte ao incêndio, e outros dois membros da banda seguem hospitalizados em estado grave.
Uma jovem romena e um cidadão turco não resistiram aos ferimentos, informou o diretor do hospital Floreasca de Bucareste, Ioan Lascar. Um terceiro ferido, um jovem romeno, faleceu no hospital para pessoas com queimaduras graves.
Nove pessoas faleceram no sábado, sete em Bucareste e duas na Holanda, para onde haviam sido transferidas para receber atendimento médico. Uma centena de pessoas, em sua maioria jovens, continuam hospitalizadas, 44 delas em estado "grave e crítico", segundo o governo.
O violento incêndio aconteceu em 30 de outubro durante um espetáculo pirotécnico em um show de um grupo de rock. Os primeiros elementos da investigação mostraram várias irregularidades no cumprimento das normas de segurança, inclusive a ausência de saídas de emergência e o uso de materiais inflamáveis para o isolamento acústico.
Os três proprietários da discoteca, que estão detidos e acusados de homicídio culposo, também não tinham as autorizações necessárias para realizarem shows, e menos ainda espetáculos pirotécnicos. O acidente provocou manifestações sem precedentes contra a corrupção da classe política, considerada responsável pela tragédia.
O primeiro-ministro social-democrata Victor Ponta, sob pressão há meses por seus problemas com a justiça, renunciou na última quarta-feira. Na sexta-feira, cerca de 15 mil romenos, muitos deles jovens, saíram às ruas em Bucareste e em outras cidades pelo quarto dia consecutivo para exigir uma mudança profunda da sociedade romena.