Número de ogivas nucleares operacionais aumentou em 2022, impulsionado pela Rússia

Número de ogivas nucleares operacionais aumentou em 2022, impulsionado pela Rússia

Relatório foi publicado tendo como pano de fundo as ameaças nucleares de Moscou, relacionadas à invasão da Ucrânia

AFP

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O número de ogivas nucleares operacionais no mundo aumentou em 2022, impulsionado pela Rússia e pela China, de acordo com um relatório publicado nesta quarta-feira (29).

Até o início de 2023, as nove potências nucleares oficiais e não oficiais possuíam 9.576 ogivas prontas para uso, 136 a mais que no ano anterior, segundo o relatório Nuclear Weapons Ban Monitor, publicado pela ONG norueguesa Norsk Folkehjelp.

Sua capacidade destrutiva é equivalente a "mais de 135.000 bombas de Hiroshima", segundo o relatório.

O aumento observado em 2022 se deve à Rússia, que possui o maior arsenal nuclear do mundo com 5.889 ogivas operacionais, além da China, Índia, Coreia do Norte e Paquistão.

"Esse aumento é preocupante e dá continuidade a uma tendência iniciada em 2017", disse Grethe Lauglo Østern, responsável pelo relatório.

O relatório foi publicado tendo como pano de fundo as ameaças nucleares de Moscou, relacionadas à invasão da Ucrânia.

No sábado, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou a instalação de armas nucleares táticas em Belarus, um país às portas da UE e da Otan e um aliado próximo do Kremlin.

O estoque total de armas atômicas, que inclui as desativadas, foi reduzido. Seu número total passou de 12.705 para 12.512 em um ano, devido à destruição de ogivas antigas na Rússia e nos Estados Unidos.

As oito potências nucleares oficiais são Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França, China, Índia, Paquistão e Coreia do Norte. Israel é uma potência nuclear não oficial.


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