Na ONU, Damares faz discurso e ignora ataque da Rússia à Ucrânia

Na ONU, Damares faz discurso e ignora ataque da Rússia à Ucrânia

Ministra citou ações promovidas pelo governo, como o Auxílio Brasil, vacinas contra a Covid-19 e o combate ao feminicídio

R7

Damares discursou na ONU

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Em discurso na sessão anual do Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organizações das Nações Unidas), a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, citou ações promovidas pelo governo federal, disse que o presidente Jair Bolsonaro defende a paz para todos os continentes e ignorou o ataque da Rússia à Ucrânia.

Damares iniciou o discurso na convenção, nesta segunda-feira (28), em Genebra, na Suíça, com ações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro em relação à pandemia de Covid-19. "Em pouco mais de um ano, foram aplicadas cerca de 380 doses de vacina em nosso país, com priorização de grupos mais vulneráveis, como os povos indígenas — 85% deles já estão completamente imunizados", disse. O número correto, no entanto, é de 380 milhões de doses.

Na sequência, citou outros programas do governo, como o Auxílio Brasil, que substituiu o Bolsa Família com o benefício de R$ 400 e o Auxílio Emergencial, dado para brasileiros mais vulneráveis durante a pandemia.

Damares destacou duas vezes a atuação do governo em relação ao aborto. A ministra lembrou que o país, com outros 36, é signatário do Consenso de Genebra, documento no qual se manifestam em favor da saúde reprodutiva da mulher, mas contrários à adoção de leis internacionais sobre o aborto.

"O governo Bolsonaro sempre promoveu e defendeu a paz. Também defendemos a liberdade e a vida, desde a concepção, como os direitos mais fundamentais do ser humano. Sempre defendeu a paz para todos os países e para todos os continentes", afirmou.

Em outro momento de seu discurso, que durou cerca de 10 minutos, Damares comentou também sobre a proposta de erradicação do feminicídio e a busca de pessoas desaparecidas. "Nosso foco é assegurar direitos humanos para todos. Retiramos pessoas da invisibilidade, fortalecemos sistemas e políticas de repressão contra agressores e redirecionamos a atuação de política de proteção às vítimas de violência", argumentou.

A invasão à Ucrânia segue, nesta segunda-feira (28), no quinto dia de ofensivas russas, mesmo após as primeiras conversas entre os dois países, que retornaram para suas capitais para consultas. O ataque, deflagrado pelo presidente Vladimir Putin, desencadeou uma cascata de sanções, impostas por diversos países.

Bolsonaro, que está no litoral de São Paulo, onde passa o feriado de Carnaval, afirmou que a posição do Brasil em relação ao conflito é de neutralidade e voltou a defender que haja solução diplomática.

Apesar de Damares não citar o ataque russo, o embaixador do Brasil na ONU, Ronaldo Costa Filho, voltou a criticar a invasão à Ucrânia durante sessão extraordinária da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) em Nova York, nos Estados Unidos. O titular já havia pedido, na última quarta-feira (23), por um imeadiato cessar-fogo.


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