Nepal lança campanha de vacinação infantil contra sarampo

Nepal lança campanha de vacinação infantil contra sarampo

Após terremoto muitas crianças passaram a viver em condições precárias

Agência Brasil

Falta de habitação e más condições sanitárias propiciam rápida propagação do sarampo

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O Ministério da Saúde nepalpalês lançou uma campanha de vacinação infantil para evitar uma epidemia de sarampo, que pode ser muito perigosa, dadas as precárias condições em que passaram a viver muitas crianças após o terremoto. O objetivo da iniciativa é levar a vacinação a 500 mil crianças, sendo que, nesta segunda-feira, dia do lançamento da campanha, foram vacinados centenas de menores, segundo Rose Foley, representante no Nepal do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

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A campanha, que conta com o apoio do Unicef, começou com a vacinação de crianças menores de 5 anos dos distritos de Bhaktapur, Katmandu e Lalitpur, disse Rose Foley. "(A campanha) continuará durante as próximas semanas nos 12 distritos afetados pelo terramoto", informou a representante do Unicef. O organismo estima que, no Nepal, uma em cada dez crianças não esteja vacinada contra o sarampo.

A falta de habitação e as más condições sanitárias são fatores que propiciam a rápida propagação da doença entre as crianças, que estão alojadas perto das suas casas destruídas ou em abrigos temporários providenciados pelo governo. "O sarampo é muito contagioso e pode ser mortal. Tememos que se possa propagar depressa nos lotados acampamentos onde vivem muitas crianças", afirmou, em comunicado, outro representante do Unicef, Tomoo Hozumi.
As organizações internacionais estão há "décadas tentando eliminar o sarampo do Nepal e, se não atuar imediatamente, existe o risco de se tornar a maior ameaça para as crianças ", advertiu Hozumi.

O terremoto que há dez dias atingiu o país fez mais de 7,5 mil mortos e 14,4 mil feridos, segundo números divulgados pelo governo nepalês. O sismo de 7,8 na escala Richter foi o de maior magnitude registrado no Nepal nos últimos 80 anos e o pior da região desde o abolo de Caxemira que, em 2005, fez mais de 84 mil mortos.

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