Netanyahu alega inocência nas acusações de corrupção da polícia israelense

Netanyahu alega inocência nas acusações de corrupção da polícia israelense

Decisão de processar premier depende agora da Procuradoria-Geral

AFP

Político está na chefia do governo desde 2009

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O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu confirmou nesta terça-feira que a polícia recomendou que seja acusado por corrupção e alegou inocência durante uma declaração televisada. "Essas recomendações não têm qualquer valor jurídico em um país democrático" declarou Netanyahu.

A polícia israelense recomendou nesta terça-feira que Netanyahu seja acusado por corrupção em dois casos, depois de dois anos de investigação, anunciaram os meios de comunicação locais. A decisão de processar o premier depende agora da Procuradoria Geral. A ministra da Justiça, Ayelet Shaked, assegurou que um primeiro-ministro acusado oficialmente não é obrigado a renunciar ao cargo.

Durante a investigação, Netanyahu sempre proclamou sua inocência, repetindo com convicção que "nada acontecerá porque não aconteceu nada". No primeiro caso, Netanyahu é acusado de ter recebido presentes - cigarros de luxo, por exemplo - por parte de personalidade ricas como James Packer, um magnata australiano, ou Arnon Milchan, produtor de cinema israelense que trabalha em Hollywood. O valor total desses presentes foi avaliado em milhares de dólares.

A polícia também acha que houve corrupção no acordo secreto que Netanyahu tentou concretizar com o proprietário do Yediot Aharonot, o jornal mais importante de Israel, para uma cobertura favorável a seus interesses. Netanyahu já foi suspeito de corrupção no passado, sem nunca ter sido importunado. Na chefia do governo desde 2009, depois de um primeiro mandato entre 1996 e 1999, Netanyahu já passou dos onze anos no poder.

Sem adversário aparente, poderá bater o recorde de longevidade do histórico David Ben Gurión, fundador do Estado de Israel, se a atual legislatura chegar a fim, em novembro de 2019.




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