Netanyahu diz que manterá ataques em Gaza, apesar de resolução da ONU sobre cessar-fogo

Netanyahu diz que manterá ataques em Gaza, apesar de resolução da ONU sobre cessar-fogo

Guerra já matou mais de 32 mil palestinos

Estadão Conteúdo

Ofensiva israelense segue sobre a Faixa de Gaza

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu nesta terça-feira que prosseguirá com a ofensiva em Gaza e criticou a resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que pede cessar-fogo na região. O líder israelense afirma que a resolução encorajou o Hamas a rejeitar uma proposta separada de cessar-fogo e libertação de reféns.

O Hamas disse que manterá os reféns até que Israel concorde com um cessar-fogo permanente, retire suas forças de Gaza e liberte centenas de prisioneiros palestinos, incluindo os principais militantes.

O grupo informou na segunda-feira, 25, que rejeitou uma proposta recente que não atendia a essas exigências. Netanyahu afirmou em uma declaração que o anúncio 'provou claramente que o Hamas não está interessado em continuar as negociações para um acordo e serviu como um testemunho infeliz dos danos da decisão do Conselho de Segurança'.

Segundo o primeiro-ministro, Israel pode alcançar seus objetivos de desmantelar o Hamas e recuperar muitos reféns se expandir sua ofensiva terrestre para a cidade de Rafah, ao sul, onde mais da metade da população de Gaza buscou refúgio, muitos em acampamentos lotados.

A guerra já matou mais de 32 mil palestinos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, que não faz distinção entre civis e combatentes em sua contagem, mas afirma que mulheres e crianças representam cerca de dois terços dos mortos. Os combates deixaram grande parte da Faixa de Gaza em ruínas, deslocaram a maioria de seus residentes e levaram um terço de sua população de 2,3 milhões de pessoas à beira da fome.

Na segunda-feira, o Conselho de Segurança finalmente conseguiu aprovar uma resolução pedindo um cessar-fogo, após os Estados Unidos se absterem em vez de vetar a medida, como fez anteriormente em outras votações.

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A abstenção irritou Israel, em uma grande escalada de tensões entre os dois aliados próximos, e levou Netanyahu a cancelar a visita marcada de uma delegação de autoridades israelenses à Casa Branca para discutir abordagens alternativas em Gaza. Contudo, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, está em Washington em uma viagem separada e deve se reunir com o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, ainda nesta terça-feira.

Na segunda-feira, Gallant ecoou comentários de outros líderes israelenses e prometeu continuar a ofensiva até que os objetivos de Israel sejam alcançados.


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