Nigéria anuncia acordo com Boko Haram para libertar jovens

Nigéria anuncia acordo com Boko Haram para libertar jovens

Mais de 200 adolescentes foram sequestradas em 14 de abril

AFP

Governo da Nigéria anuncia acordo com Boko Haram para libertar alunas sequestradas

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O governo e o exército nigerianos anunciaram nesta sexta-feira um acordo com o grupo islamita Boko Haram para que
liberte as mais de 200 estudantes sequestradas em abril. "Um acordo de cessar-fogo foi concluído entre o governo federal da Nigéria e Jama'atu Ahlis Sunna Lidda'awati wal-Jihad (Boko Haram)", declarou o chefe do Estado-Maior, o marechal Alex Badeh. "Eu dei instruções aos chefes do exército para garantir a aplicação das medidas firmadas", acrescentou.

Paralelamente, o primeiro-secretário da presidência, Hassan Tukur, disse que um acordo havia sido alcançado com o grupo islâmico para acabar com a violência e que prevê a libertação das 219 jovens que ainda estão desaparecidas.

Tukur afirma ter representado o governo nigeriano em duas reuniões com os insurgentes islâmicos no Chade, sob a mediação do presidente do Chade, Idriss Deby. "Boko Haram declarou um cessar-fogo após negociações", afirmou Tukur, acrescentando que o anúncio foi feito nessa quinta-feira à noite. "Eles concordaram em libertar as meninas de Chibok", indicou, referindo-se às 219 adolescentes que ainda estão desaparecidas desde o seu sequestro em 14 de abril em sua escola de Chibok, no nordeste da Nigéria.

Alguns manifestaram dúvidas sobre tal acordo, que ocorre no momento em que o presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, deve anunciar sua candidatura à reeleição em fevereiro, e onde as questões de segurança estão no centro do debate político.

Também não há informações sobre Danladi Ahmadu, a quem Tukur se refere como interlocutor dentro do Boko Haram, e que deu uma entrevista nesta sexta-feira. "Eu nunca ouvi falar deste senhor, e se o Boko Haram quisesse declarar um cessar-fogo, isso partiria de seu líder, Abubakar Shekau", considerou Shehu Sani, especialista do Boko Haram que negociou várias vezes com o grupo islâmico ao lado do governo nigeriano.

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