Nigéria não pode enfrentar sozinha ameaça do Boko Haram, diz ONU

Nigéria não pode enfrentar sozinha ameaça do Boko Haram, diz ONU

Mais de 13 mil pessoas morreram desde 2009 nos ataques do grupo extremista

AFP

Luta contra o Boko Haram será um dos principais temas da cúpula de chefes de Estado da União Africana

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A Nigéria não pode enfrentar sozinha o movimento islamita Boko Haram, declarou nesta quarta-feira a enviada especial da ONU para a região do Sahel, a etíope Hiroute Guebre Sellassie. "É hora de agir e tomar consciência do risco que o Boko Haram representa para o conjunto do continente africano", explicou Sellassie.

A enviada da ONU convocou a Nigéria a ter mais disposição em relação à força militar regional criada no fim de 2014 por seis países da região. Esta força demora a adquirir capacidade operacional devido às divergências entre a Nigéria, que perdeu a chefia em benefício do Chade, e seus vizinhos (Camarões, Chade, Níger e Benin).

"A Nigéria não pode resolver o problema sozinha. O Boko Haram não está confinado à Nigéria. Vemos uma avalanche de refugiados em direção a Níger, Camarões e inclusive ao Chade", declarou Hiroute Guebre Sellassie. "O Sahel está cada vez mais afetado", acrescentou, citando um campo de treinamento do Boko Haram no norte do Mali.

A luta contra os islamitas nigerianos será um dos principais temas da cúpula de chefes de Estado da União Africana (UA), que começa na sexta-feira em Addis Abeba. Mais de 13 mil pessoas morreram desde 2009 nos ataques do Boko Haram e nos combates com o exército nigeriano. A violência também provocou o deslocamento de 1,5 milhão de habitantes.

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