No Dia da Independência dos EUA, Joe Biden denuncia onda de violência armada

No Dia da Independência dos EUA, Joe Biden denuncia onda de violência armada

Presidente pediu medidas mais rigorosas de controle de armas e condenou os vários ataques que ocorreram pouco antes do feriado

AFP

Presidente dos EUA, em discurso na Casa Branca

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Enquanto norte-americanos em todo o país comemoravam o Dia da Independência dos Estados Unidos nesta terça-feira (4), o presidente Joe Biden pediu medidas mais rigorosas de controle de armas e condenou uma onda de ataques armados pouco antes do feriado. Cinco pessoas foram mortas e quatro ficaram feridas em um tiroteio na cidade de Filadélfia na noite de segunda-feira, segundo relatos a polícia. Outro ataque durante a noite em Fort Worth, Texas, tirou a vida de três pessoas e feriu oito, de acordo com a CNN.

E até a tarde desta terça, o país já havia registrado vários ataques a tiros no Dia da Independência. Cinco pessoas ficaram feridas em Lansing, Michigan, e quatro em Charlotte, Carolina do Norte, apontou o Gun Violence Archive (GVA). Outro episódio, em Akron, Ohio, atendido pela polícia nas primeiras horas da terça-feira, deixou quatro feridos, segundo a imprensa local.

"Nos últimos dias, nossa nação mais uma vez enfrentou uma onda de tiroteios trágicos e sem sentido em comunidades de todo os Estados Unidos", disse Biden em um comunicado, mencionando os casos de Filadélfia, Fort Worth e Lansing, além de outros recentes em Baltimore, Wichita, Kansas e Chicago. "Enquanto nossa nação celebra o Dia da Independência, rezamos pelo dia em que nossas comunidades estarão livres da violência armada", declarou o presidente.

Em um desfile do feriado de 4 de julho do ano passado em Highland Park, Illinois, nos arredores de Chicago, um atirador matou sete pessoas e feriu dezenas. Este ano, o subúrbio planejou uma cerimônia em memória das vítimas em vez de um desfile e festividades tradicionais, segundo autoridades. "Em questão de instantes, este dia de orgulho patriótico se tornou uma cena de dor e tragédia", afirmou Biden em referência ao aniversário de um ano do ataque.

Na Filadélfia, a polícia indicou ter detido o atirador, embora seu motivo ainda seja desconhecido. "Não temos absolutamente nenhuma ideia de porquê isso aconteceu", disse a comissária de polícia local Danielle Outlaw. O suspeito, um homem de 40 anos usando um colete à prova de balas e uma máscara de esqui, disparou um fuzil de assalto de estilo militar aleatoriamente contra veículos e pedestres no bairro de Kingsessing, contou o inspetor de polícia Ernest Ransom.

Enquanto isso, em Fort Worth, não foram informadas prisões até a tarde desta terça-feira. "Estou arrasada com a notícia de um tiroteio em massa em Fort Worth na noite passada", afirmou a prefeita Mattie Parker no Twitter. Houve pelo menos 346 ataques a tiros em massa nos Estados Unidos este ano, de acordo com o arquivo do GVA. A instituição inclui na conta os incidentes com armas de fogo com quatro ou mais pessoas feridas ou mortas, além do autor dos disparos.

No ano passado, mais de 44 mil pessoas foram mortas por armas de fogo, sendo 24 mil delas por suicídio. "É preciso fazer muito mais (...) para lidar com a epidemia de violência armada que está despedaçando nossas comunidades", disse Biden, que elogiou as medidas de controle de armas aprovadas em Illinois após o ataque em Highland Park. "Insto outros estados a seguir o exemplo de Illinois e continuo pedindo aos legisladores republicanos no Congresso que se juntem às discussões sobre reformas significativas e sensatas apoiadas pelo povo americano."


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