Noruega aumenta cota para mulheres nos conselhos de administração das empresas

Noruega aumenta cota para mulheres nos conselhos de administração das empresas

Medida impactará cerca de 20 mil empresas de grande e médio porte

AFP

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O governo da Noruega informou nesta segunda-feira (19) que aumentará até 2028, progressivamente, as cotas obrigatórias do número de mulheres nos conselhos de administração. A medida afetará cerca de 20 mil empresas de grande e médio porte.

"A Noruega é o primeiro país do mundo a dar esse passo", disse o ministro do Comércio e da Indústria, Jan Christian Vestre.

Promovida pelo governo de centro-esquerda e com apoio do principal sindicato empresarial (NHO) e do sindicato dos trabalhadores (LO), a medida será aplicada, de forma gradual, às médias e grandes empresas, com base no faturamento e no número de funcionários.

Pioneiro no assunto, o país escandinavo exige, desde 2004, que os conselhos de administração das empresas estatais sejam formados por pelo menos 40% de mulheres, com risco de fechamento em caso de descumprimento da regra. A mesma regra é aplicada desde 2008 em grandes empresas cotadas na bolsa de valores.

Em paralelo, exige-se que pelo menos 40% dos membros do conselho de administração sejam homens.

Até 2024, a medida será aplicada em cerca de 8.200 empresas com receita anual de pelo menos 100 milhões de coroas norueguesas (em torno de R$ 45,3 milhões), segundo os critérios anunciados pelo governo.

O número de vendas e de empregados se reduzirá gradualmente até 2028, quando a medida será aplicada a cerca de 20 mil empresas. Hoje, as mulheres ocupam cerca de 20% dos cargos de gestão na Noruega, frente a 15% há 20 anos - um avanço considerado muito lento.

"Em 2023, ainda temos uma lacuna muito grande nos conselhos noruegueses", afirmou o ministro Vestre. Ele garante que a igualdade de gênero e a diversidade podem contribuir para "mais inovação, um melhor ambiente profissional, decisões mais inteligentes e mais valor agregado".

 


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