Noruega aumenta nível de alerta militar

Noruega aumenta nível de alerta militar

País se tornou o principal fornecedor de gás natural da Europa após a redução do abastecimento russo

AFP

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O primeiro-ministro da Noruega informou nesta segunda-feira (31) que o país-membro da Otan e que faz fronteira com a Rússia no Ártico irá aumentar seu nível de alerta militar, embora tenha enfatizado não ter detectado nenhuma ameaça direta contra o país.

"A defesa aumentará a partir de amanhã seu nível de alerta na Noruega", disse Jonas Gahr Støre em uma coletiva de imprensa. "Atualmente não temos nenhuma razão para acreditar que a Rússia quer arrastar a Noruega ou qualquer outro país diretamente para a guerra, mas o conflito na Ucrânia torna necessário que todos os países da Otan estejam mais vigilantes", acrescenta o primeiro-ministro.

A Noruega, que se tornou o principal fornecedor de gás natural da Europa após a redução do abastecimento russo, reforçou a segurança ao redor de seus locais estratégicos. A decisão foi tomada após a observação de voos misteriosos de drones, inclusive perto de plataformas de petróleo em alto mar e da suposta sabotagem dos gasodutos Nord Stream 1 e 2, no mar Báltico.

Vários russos foram presos na Noruega durante a última semana pelo uso ilegal de drones sobre o território e por violarem a proibição de fotografias em lugares sensíveis.

Na semana passada, a contrainteligência da Noruega também prendeu um homem suspeito de ser um "agente clandestino" dos serviços russos, apontado por alguns especialistas como um possível oficial da inteligência militar russa (GRU). "Tenho que destacar que não aconteceu nada nos últimos dias que faça o nível aumentar agora. É uma evolução ao longo do tempo", disse Støre.

Segundo seu ministro da Defesa, Bjørn Arild Gram, o aumento deste nível de alerta militar será traduzido em medidas concretas em termos de logística, segurança em torno das instalações do exército e das comunicações.

Diante das crescentes tensões entre Rússia e Ocidente, a Noruega já aumentou consideravelmente seu orçamento militar e esforços de inteligência no Ártico, onde compartilha uma fronteira de 198 quilômetros com a Rússia.


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