Nova epidemia de ebola no Congo deixa três mortos
País africano enfrentará a oitava epidemia da doença
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O surto foi detectado no Nordeste do país, em uma zona da floresta equatorial na província de Bajo Uele, na fronteira com a República Centro-africana, segundo a OMS.
Em declaração à televisão, o ministro da Saúde, Oly Ilunga, confirmou a epidemia e pediu à população para não entrar em pânico. "O governo acaba de tomar todas as medidas necessárias para responder com rapidez e eficácia a esta nova epidemia", assegurou.
A OMS informou que "trabalha em estreita colaboração" com as autoridades congolesas "para facilitar o envio de materiais de proteção e pessoal para reforçar a vigilância epidemiológica e controlar muito rapidamente a epidemia", que surgiu em uma zona de difícil acesso.
O país sofreu sete epidemias de ebola, sendo a última em 2014, declarada ao mesmo tempo que a que afetou o Oeste da África. A epidemia congolesa era diferente da do Oeste africano, a mais grave já declarada e que deixou mais de 11 mil mortos em Guiné, Serra Leoa e Libéria entre 2013 e 2015. Na RDC, a epidemia foi contida mais rapidamente e oficialmente deixou 49 mortos menos de três meses depois de as autoridades declararem o surto.
A ONU comemorou na época o "imenso trabalho" das autoridades de Kinshasa e de seus parceiros (OMS e Médicos sem Fronteiras) contra a doença.
Resposta coordenada
Autoridades sanitárias registraram em 2014 66 casos confirmados em laboratórios ou suspeitos, deixando, assim, uma taxa de mortalidade de 74,2%, segundo dados oficiais. A epidemia de Ebola declarada nesta sexta-feira é a oitava a afetar o país desde a descoberta deste vírus em território congolês em 1976.
Segundo a OMS, as primeiras equipes de especialistas na luta contra a doença poderiam chegar à região afetada em 48 horas. O tempo de incubação do vírus é de 21 dias.