Novas sanções da UE pela guerra na Ucrânia afetam 121 pessoas e instituições

Novas sanções da UE pela guerra na Ucrânia afetam 121 pessoas e instituições

Conjunto de medidas foi aprovado na noite de sexta

AFP

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As novas sanções da União Europeia (UE) pela invasão russa da Ucrânia afetam 121 pessoas e instituições, incluindo fabricantes iranianos de drones, anunciou o bloco neste sábado. A UE aprovou o novo pacote de sanções, o 10º desde o início da invasão, na sexta-feira à noite, antes da adoção formal neste sábado.

Estados Unidos e Reino Unido anunciaram medidas similares na sexta-feira. O G7, que reúne as economias mais avançadas do mundo, também ameaçou com "custos elevados" os países que ajudam a Rússia a contornar as sanções.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou que os sucessivos pacotes de medidas constituem "as sanções de maior envergadura" já adotadas. "Também estamos aumentando a pressão sobre aqueles que tentam evitá-las", acrescentou.

Um comunicado da UE informa que o pacote mais recente de sanções tem como alvos outras 96 instituições russas (empresas ou organismos estatais), incluindo três bancos.

Também afeta sete instituições iranianas, todas fabricantes de drones explosivos utilizados pela Rússia para atacar alvos ucranianos, tanto infraestruturas estatais como edifícios residenciais.

A proibição da exportação de produtos industriais da UE para a Rússia afeta produtos de uso duplo, como eletrônicos, veículos especializados, peças mecânicas, peças de reposição para motores de caminhões e aviões, antenas, guindastes, drones, materiais de terras raras, circuitos eletrônicos e câmeras térmicas.

O comércio deste bens supera 11 bilhões de euros (11,63 bilhões de dólares, 60,2 bilhões de reais), segundo fontes da UE.

Também foram adotadas medidas mais severas contra a propaganda russa, em particular com ações para suspender as licenças dos escritórios árabes da RT e da Sputnik, meios de comunicação controlados pelo Estado, já proibidos na Europa.

O novo pacote também obriga os Estados membros da UE a detalhar de maneira mais precisa os ativos apreendidos das fortunas russas que apoiam o Kremlin e que são alvos de sanções, assim como os ativos congelados do Banco Central russo.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, indicou que 121 instituições e indivíduos aparecem na mais recente lista de sanções, que terão os detalhes publicados no Diário Oficial da UE.

Isto significa o congelamento de ativos na UE e a proibição de vistos.

Borrell afirmou que o pacote também afeta os "responsáveis pela deportação e adoção forçada de pelo menos 6.000 crianças ucranianas", uma violação da legislação internacional.


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