Novo vazamento não tem potencial de tragédia, diz ANP

Novo vazamento não tem potencial de tragédia, diz ANP

Assessor da agência afirmou que incidente no Rio de Janeiro não foi catastrófico

Eduardo Rodrigues / AE

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O novo vazamento de óleo detectado na área do Campo de Frade, no Rio de Janeiro, provocado pela petrolífera americana Chevron, não tem potencial para se tornar uma “tragédia”, considerou nesta quinta-feira Sílvio Jablonski, assessor da diretoria-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). “Mesmo que não tenhamos causa estabelecida para o segundo incidente, não se trata de nada catastrófico, até porque reservatório tem pouco óleo.” Mesmo assim, a empresa corre o risco de perder a concessão no campo.

Segundo Jablonski, o vazamento encontrado é de gotículas de óleo, que estão sendo recolhidas por equipamentos instalados pela empresa no local. “Sobrevoos diários não indicam nada de anormal. Além disso, robôs no fundo do mar estão observando os pontos e não percebemos nada de trágico”, afirmou.

A Chevron continua sendo investigada por vazamento em novembro do ano passado. A ANP concluiu recentemente um relatório que indica que a companhia fez uma avaliação errada sobre a necessidade de revestimento interno do poço, o que trouxe risco operacional para a exploração. “A situação poderia ser evitada se o revestimento fosse mais extenso, por mais 300 ou 400 metros. Mesmo se houvesse ruptura, esse óleo não teria condições de chegar ao oceano”, detalhou o assessor. A empresa tem 15 dias para responder ao relatório, para que a ANP possa deliberar sobre o vazamento.

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