O Mundo em 2010: os principais fatos do ano

O Mundo em 2010: os principais fatos do ano

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Em setembro, policiais equatorianos invadiram a sede do Congresso em um protesto contra o corte de benefícios

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O cenário internacional foi repleto de fatos marcantes em 2010. Desde desastres naturais, como o terremoto no Haiti, até o bem sucedido resgate dos mineiros no Chile e o vazamento de informações secretas dos Estados Unidos pelo site WikiLeaks.

Resgate dos mineiros no Chile
Um dos fatos de maior repercussão no cenário Internacional em 2010 foi o resgate dos 33 trabalhadores presos na mina San José, no Deserto do Atacama, no Chile, a 622 metros de profundidade, por mais de dois meses. O trabalho de resgate, em outubro, durou mais de 24 horas e foi acompanhado por emissoras de televisão de todo o mundo. A história veio à tona em agosto, quando o presidente Sebastián Piñera informou que os trabalhadores estavam vivos. Os “heróis” foram homenageados no palácio presidencial e um deles correu a Maratona de Nova Iorque.

Terremoto e cólera no Haiti

O Haiti passou pelo pior terremoto de sua história, em janeiro, quando um tremor de 7,3 graus na escala Richter atingiu a capital, Porto Príncipe. Calcula-se que cerca de 150 mil pessoas morreram com o abalo sísmico, 20 delas brasileiras. Entre os mortos, estava a fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns Neumann. A destruição de imóveis, escassez de comida e falta de saneamento básico acabou gerando um surto de cólera no país. Até novembro, quase mil pessoas já haviam morrido da doença.

Vazamento de petróleo no Golfo do México
Em abril, um desastre ambiental assolou o Golfo do México: o vazamento de petróleo da empresa inglesa BP. Aproximadamente 780 milhões de litros do produto se espalharam pela costa dos estados americanos da Louisiana e do Mississippi. O poço só foi vedado com sucesso em agosto.

> Veja as demais retrospectivas do ano

Morre Nestor Kirchner

O ex-presidente da Argentina Nestor Kirchner morreu em outubro, vítima de complicações cardíacas. Kirchner era casado com a atual presidente do país, Cristina Kirchner, e governou a Argentina de 2003 a 2007. Milhares de argentinos e diversos presidentes sul-americanos foram se despedir do ex-presidente, entre eles o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.

Israel ataca frota humanitária no Mediterrâneo
Em maio, Israel atacou um grupo de seis navios que transportava mais de 750 pessoas com ajuda humanitária para a Faixa de Gaza. Dezesseis pessoas morreram e 30 ficaram feridas. O ataque ocorreu próximo ao Chipre, no Mar Mediterrâneo. A cineasta brasileira Iara Lee estava no comboio e foi presa com mais de 400 ativistas políticos. Após negociações, o grupo foi libertado e levado para a Turquia.

Protestos contra pena de morte por apedrejamento para iraniana

A condenação à morte por apedrejamento da iraniana Sakineh Mohammadi-Ashtiani, por envolvimento na morte do marido, foi outro assunto marcante. O caso ganhou maior repercussão no Brasil quando o presidente Lula ofereceu abrigo a Sakineh, em julho, após sofrer pressão da opinião pública. Recentemente, especulou-se que a iraniana teria sido libertada, informação negada em seguida pelo site do canal Press-TV.

Outros desastres naturais

No Peru, as fortes chuvas de janeiro causaram o bloqueio de estradas na região de Cuzco, próximo à cidade inca de Machu Picchu, em janeiro. Houve deslizamento de terra, inundação de casas e pelo menos 2 mil turistas ficaram ilhados. Em abril, as cinzas do vulcão Eyjafjallajokull, na Islândia, provocaram um caos no sistema aéreo internacional.

WikiLeaks
Após o vazamento de documentos secretos americanos sobre a guerra no Afeganistão, o fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, passou a ser procurado pela Interpol por um suposto estupro na Suécia. Ele foi preso no início de dezembro e solto poucos dias depois. O presidente Lula minimizou as informações divulgadas no WikiLeaks, mas o líder cubano Fidel Castro afirmou, em um artigo, que Assange tinha colocado os Estados Unidos “de joelhos”. Assange afirma que divulgou apenas 5% dos documentos que possui.

Eleições pelo Mundo
O ex-ministro da Defesa Juan Manuel Santos foi eleito presidente da Colômbia na votação em segundo turno, em junho, com 69,9% dos votos. Outro país sul-americano que mudou de presidente foi o Uruguai, com a posse do ex-guerrilheiro e senador José Mujica. As eleições no Haiti, realizadas em novembro, foram anuladas. Doze dos 19 candidatos à presidência denunciaram “fraude maciça”. Após diversos conflitos, o segundo turno está agendado para 16 de janeiro, entre o governista Jude Celestin e a ex-primeira-dama Mirlande Manigat.

Chávez rompe relações com a Colômbia

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, rompeu relações diplomáticas com a Colômbia, em julho, depois que o país reiterou, diante da Organização dos Estados Americanos (OEA), suas acusações sobre a presença de líderes guerrilheiros colombianos em território venezuelano. Chávez chegou a anunciar o envio de tropas para a fronteira do país com a Colômbia. A relação só foi restabelecida com um diálogo com o novo presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos.

Obama sofre revés nas urnas
O Partido Democrata do presidente Barack Obama sofreu um revés nas urnas, em novembro, nos Estados Unidos. Mesmo com a maioria de senadores nas eleições do Congresso, a nova composição de parlamentares ficou desfavorável para a tramitação de projetos a partir de janeiro.

Tentativa de golpe no Equador
Em setembro, policiais equatorianos invadiram a sede do Congresso em um protesto contra o corte de benefícios econômicos. O presidente Rafael Correa ficou sitiado em um quartel e chegou a afirmar que o país era vítima de uma tentativa de golpe. Quatro pessoas foram mortas, 193 ficaram feridas e o governo declarou estado de sítio. A rebelião foi controlada e Correa voltou ao trabalho três dias depois da invasão.

Coreia do Norte x Coreia do Sul

Em novembro, dois soldados sul-coreanos foram mortos num confronto com a Coreia do Norte, que disparou dezenas de peças de artilharia contra a ilha sul-coreana de Yeonpyeong e provocou tiros de resposta da Coreia do Sul. Após o ataque, Seul colocou suas Forças Armadas em estado de alerta máximo e prometeu represálias em caso de novas provocações.

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