Obama alerta contra ameaça nuclear de "lunáticos do Estado Islâmico"

Obama alerta contra ameaça nuclear de "lunáticos do Estado Islâmico"

Presidente dos EUA conclamou esforços de todo o planeta para evitar acesso de terroristas a material atômico

AFP

Presidente dos EUA conclamou esforços de todo o planeta para evitar acesso de terroristas a material atômico

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, alertou nesta sexta-feira para a ameaça de um ataque nuclear pelos "lunáticos" do grupo extremista Estado Islâmico, apesar dos esforços internacionais para evitar o acesso aos armamentos. Durante uma reunião de cúpula sobre segurança nuclear em Washington, Obama pediu cooperação à comunidade internacional para evitar que os "terroristas" tenham acesso a materiais nucleares ou instalações nucleares.

"Nós reduzimos esse risco. Mas a ameaça do terrorismo nuclear continua e continuará", declarou o presidente americano na abertura da sessão plenária da cúpula, a quarta dessas iniciativas lançadas por Obama em 2010. Entre os participantes é crescente o temor de que grupos radicais possam obter material nuclear para uma "bomba suja", capaz de espalhar partículas radioativas no meio ambiente.

As preocupações sobre tais ataques aumentaram depois que foi revelado que dois dos envolvidos nos ataques de Bruxelas haviam obtido vídeos de vigilância mostrando todos os passos de um agente belga do setor nuclear. "O EI já utilizou armas químicas, incluindo gás mostarda, na Síria e no Iraque", disse Obama. "Não há dúvida de que, se esses lunáticos conseguirem uma bomba nuclear ou material atômico para uma 'bomba suja', definitivamente vão usá-los para matar tantas pessoas inocentes quanto puderem", acrescentou.

De acordo com o presidente americano, cerca de 2 mil toneladas de material nuclear estão armazenadas em todo o mundo em instalações civis e militares, algumas delas não totalmente seguras. "Apenas uma pequena quantidade de plutônio - do tamanho de uma maçã - mataria e feriria milhares de pessoas inocentes", salientou Obama, alertando para uma possível "catástrofe humanitária, política, econômica e ambiental, com ramificações globais ao longo de décadas."

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