Obama cobra investigação sobre vínculos de Paquistão com Osama Bin Laden
Presidente dos EUA acredita que o líder da Al-Qaeda recebeu apoio enquanto viveu em território paquistanês
publicidade
"Bin Laden teve alguma forma de apoio no Paquistão, mas não sabemos se era alguém de dentro do governo ou alguma pessoa de fora e isso é algo que precisamos investigar. Mais importante, o governo do Paquistão necessita investigar", disse Obama, em entrevista à TV CBS.
• Leia mais notícias sobre a morte de Bin Laden
Obama acrescentou ainda na entrevista que os 40 minutos em que acompanhou o ataque dos Seals foram "os mais longos" da vida dele, tirando a vez que sua filha Sasha teve uma doença grave aos três meses de idade. Segundo o presidente, a chance de sucesso era "55 a 45" na operação e havia divisão entre seus assessores sobre qual a melhor alternativa. "Não podíamos dizer com segurança que Bin Laden estava lá (na casa no Afeganistão). Se não estivesse, haveria consequências sérias", afirmou na sua primeira entrevista desde a ação contra o líder da Al Qaeda.
O governo paquistanês comprometeu-se a investigar se membros da administração sabiam que Bin Laden, morto há uma semana em uma operação militar dos EUA em Abbottabad, no Paquistão, estava no país. Nesta segunda, o premiê Yusuf Raza Gilani realizará um pronunciamento oficial para a nação no Parlamento em Islamabad, no qual apresentará a versão oficial do governo sobre a operação americana que resultou na morte do terrorista saudita. Será a primeira vez que o governo paquistanês se manifestará publicamente sobre o episódio, que provocou uma crise interna no país.