Obama diz que "terroristas não falam em nome de 1 bilhão de muçulmanos"

Obama diz que "terroristas não falam em nome de 1 bilhão de muçulmanos"

Presidente americano deixou claro que confronto entre os EUA e Estado Islâmico terá um componente militar

AFP

Presidente americano deixou claro que confronto entre os EUA e Estado Islâmico terá um componente militar

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O presidente americano, Barack Obama, pediu aos países ocidentais e aos líderes muçulmanos, nesta quarta-feira, que se unam para derrotar as "falsas promessas do extremismo", e os convocou a rejeitar, em conjunto, a premissa de que grupos jihadistas representam o Islã.

"Os terroristas não falam por 1 bilhão de muçulmanos", afirmou Obama, em uma conferência dedicada à luta contra a violência extremista, acrescentando que não se deve aceitar que existe um "choque de civilizações". "Não estamos em guerra com o Islã, mas contra pessoas que perverteram o Islã", disse o presidente, no segundo dia dessa cúpula que contou com representantes de mais de 60 países.

Dirigentes de organizações como o Estado Islâmico "tentam se apresentar como líderes religiosos, guerreiros sagrados, mas eles não são líderes religiosos, são terroristas", frisou Obama. "A religião não é responsável por terrorismo. Pessoas são responsáveis por violência e terrorismo", insistiu.

O presidente americano comentou que, durante o dia, teve a oportunidade de conversar com líderes muçulmanos que apoiam a paz, a justiça e a tolerância. "Essas são as vozes que representam mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo", frisou.

Em seu discurso, Obama rejeitou a ideia de que a pobreza seja a principal explicação para o radicalismo que leva à violência. "Há milhões de pessoas em todo o mundo que vivem na pobreza, e elas estão concentradas em como melhorar sua vida, sem abraçar qualquer ideologia violenta", apontou.

Para o presidente dos Estados Unidos, educação e melhores oportunidades são a chave. Em uma mensagem direta a países que restringem os direitos das mulheres, Obama afirmou que nenhuma nação "terá sucesso, se forem negadas oportunidades à metade de sua população".

Além dessas sugestões de longo prazo, Obama deixou claro que o confronto com o Estado Islâmico terá "um componente militar". O presidente dos EUA afirmou que  "a crueldade selvagem tem de ser detida". 

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