Obama inicia viagem à África em meio a notícias sobre Mandela

Obama inicia viagem à África em meio a notícias sobre Mandela

Saúde do ex-presidente sul-africano, de 94 anos, está fragilizada

AFP

Obama viaja com a família para a África do Sul

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, partiu nesta quarta-feira para iniciar seu primeiro grande giro pela África desde sua chegada à Casa Branca, em meio a notícias sobre o estado crítico de saúde do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, de 94 anos.

Obama partiu da base aérea de Andrews, perto de Washington, para uma visita de uma semana pelo continente, acompanhado da esposa Michelle, das filhas Malia e Sasha, e da sogra Marian Robinson. Na agenda, que se estende de 26 de junho a 3 de julho, Obama realizará uma primeira escala no Senegal, onde se reunirá com o presidente Macky Sall e visitará a ilha de Goreia, um símbolo do mercado de escravos no passado.

Depois se dirigirá a Joanesburgo, na África do Sul, para manter um encontro, no dia seguinte, com o presidente Jacob Zuma em Pretória. Finalmente, na última etapa, visitará a Tanzânia, onde conversará com o chefe de Estado Jakaya Kikwete e visitará a central elétrica de Ubungo.

Mas o estado de saúde de Nelson Mandela, que se encontra hospitalizado há quase três semanas, poderá alterar a agenda da visita presidencial. Uma reunião entre os primeiros presidentes negros da África do Sul, Zuma e Mandela, e Obama foi programada com bastante antecedência, mas agora é incerta devido ao estado de saúde de Mandela.

A ministra das Relações Exteriores sul-africana Maite Nkoane Mashebane afirmou que o presidente americano provavelmente não verá Mandela. "O presidente Obama gostaria de ver o presidente Mandela, mas ele está indisposto", limitou-se a comentar sobre a possibilidade. Obama só esteve com Mandela uma única vez, em 2005, quando ainda era um jovem senador.

Casa Branca quer recuperar o tempo perdido

A primeira grande viagem de Obama ao continente africano pretende, em primeiro lugar, para a Casa Branca, recuperar o tempo perdido. Fora uma visita-relâmpago a Gana em 2009, Obama nunca esteve na África durante seu primeiro mandato.

Passada a euforia inicial, uma lenta decepção começou a ser sentida em relação ao primeiro presidente negro dos Estados Unidos por sua atenção mais voltada para a crise econômica, a Primavera Árabe, o fim da presença americana no Iraque e Afeganistão e seu interesse mais evidente na Ásia.

Mas os conselheiros do presidente estão conscientes e que as oportunidades econômicas e os recursos energéticos do continente africano começaram a chamar a atenção dos mais poderosos adversários da primeira potência mundial, com a China em primeiro lugar.

A China se transformou em 2009 no primeiro sócio comercial do continente, segundo a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico. O único país que Obama faltaria visitar é o Quênia, terra natal de seu pai, onde o presidente Uhuru Kenyatta é requerido pelo Tribunal Penal Internacional.

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