Obama nomeia embaixador em Cuba após mais de meio século

Obama nomeia embaixador em Cuba após mais de meio século

Nomeação de Jeffrey DeLaurentis deverá ser ratificada pelo Senado

Agência Brasil

Obama nomeia embaixador em Cuba após mais de meio século

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, nomeou nessa terça-feira o primeiro embaixador norte-americano em Cuba, após mais de 50 anos de relações diplomáticas rompidas. Obama escolheu o diplomata Jeffrey DeLaurentis, já encarregado pela Secretaria de Estado dos negócios com Cuba desde agosto de 2014. A nomeação, porém, precisa ser ratificada pelo Senado, que pode demonstrar certa oposição à medida, como já antecipou o senador republicano pela Florida Marco Rubio e o texano Ted Cruz. A informação é da Agência Ansa.

"Hoje, estou orgulhoso de nomear Jeffrey DeLaurentis para ser o primeiro embaixador norte-americano em Cuba em mais de 50 anos. A liderança de Jeff tem sido vital para a normalização das relações entre os Estados Unidos e Cuba", disse Obama. "Não há figura pública melhor para impulsionar nossa habilidade em engajar o povo cubano e para defender os interesses norte-americanos em Cuba".

A informação foi confirmada nessa terça-feira pela Casa Branca, seis meses após a histórica visita de Obama à ilha, que se tornou o primeiro mandatário norte-americano a pisar em solo cubano em quase 90 anos. Durante a visita, ele se encontrou com o presidente Raúl Castro, mas não com o irmão e líder da Revolução Cubana, Fidel Castro. O último presidente a visitar Cuba tinha sido John Calvin Coolidge Jr. no final dos anos 1920.

A indicação de um novo embaixador em Havana é mais um passo de reaproximação entre os dois países, que anunciaram que retomariam as relações em 17 de dezembro de 2014, depois de meio século de desavenças políticas e graças a mais de 18 meses de negociações secretas mediadas pelo papa Francisco e pelo governo do Canadá. Em julho do ano passado, os dois países reabriram suas respectivas embaixadas e, desde então, uma série de medidas foram tomadas, como a retomada de voos comerciais e a navegação de navios de cruzeiros. Apesar dos avanços, Obama ainda não conseguiu retirar o embargo econômico a Cuba, nem avançar nas negociações sobre o status dos dissidentes políticos e do respeito aos direitos humanos na ilha.

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