Objetivo era salvar Wagner, não derrubar poder russo, diz Prigozhin em áudio

Objetivo era salvar Wagner, não derrubar poder russo, diz Prigozhin em áudio

Grupo paramilitar estaria ameaçado de ser absorvido pelo Exército russo

AFP

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Em uma primeira mensagem de áudio após o fim da rebelião, o chefe do Wagner, Yevgeny Prigozhin, disse, nesta segunda-feira (26), que seu objetivo não era derrubar o poder russo, mas salvar seu grupo paramilitar ameaçado de ser absorvido pelo Exército.

"O objetivo da marcha era não permitir a destruição do grupo Wagner", afirmou Prigozhin em uma mensagem gravada de 11 minutos, garantindo que o objetivo "não era derrubar o poder no país".

Prigozhin afirmou também que o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, que atuou como mediador entre o Kremlin e Wagner no sábado, propôs soluções para permitir que o grupo paramilitar continue operando.  "Lukashenko nos estendeu a mão e se ofereceu para encontrar soluções para a continuação do trabalho do grupo Wagner de maneira legal", disse.

Segundo Prigozhin, civis expressaram apoio ao Wagner nas cidades russas por onde o grupo passou em seu avanço até Moscou.

"Os civis nos receberam com bandeiras russas e com o símbolo do Wagner", afirmou o empresário em sua primeira declaração que suspendeu a operação no sábado. 

"Todos ficavam muito felizes quando passávamos", disse em um áudio. 

Normalidade

Nesta segunda, a principal sede do grupo mercenário em São Petersburgo anunciou que está operando "normalmente" após a fracassada rebelião incitada por seu líder, Yevgeny Prigozhin, no fim de semana. 

"Apesar dos acontecimentos, o centro continua funcionando normalmente, de acordo com a legislação da Federação Russa", afirmou o principal escritório do grupo em um comunicado, em um momento de incerteza quanto ao futuro da organização.

Fontes internas do grupo paramilitar informaram que o grupo continua recrutando em várias regiões.

Os cartazes com a imagem do grupo Wagner voltaram a ser colocados diante do edifício da organização em Novosibirsk, cidade da Sibéria, de acordo com a agência TASS.

As condições do acordo entre Prigozhin e Moscou, anunciado no sábado à noite, para acabar com a rebelião armada do grupo Wagner continuam uma incógnita.

O Kremlin afirmou que nenhum combatente da organização paramilitar que seguiu Prigozhin em sua rebelião seria acusado criminalmente, mas ninguém sabe qual é realmente o futuro do grupo.


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