OEA define na sexta reunião diplomática sobre caso Assange
Equador pede investigação de ameaças da Inglaterra em desrespeitar asilo político ao ativista digital
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Muitos países estão de acordo com a reunião de chanceleres, como Brasil, Uruguai, Argentina, Bolívia e Venezuela, mas outras potências não concordam com a medida, como Estados Unidos e Canadá. A Grã-Bretanha, país observador da OEA, negou qualquer ameaça ao Equador, afirmando que apenas explicou a Quito a "posição legal" de Londres e sua obrigação de extraditar Assange para a Suécia.
Os chanceleres da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA) analisarão o caso Assange neste final de semana, em Guayaquil, 400 quilômetros a sudoeste de Quito. O Equador anunciou nesta quinta-feira a concessão de asilo diplomático a Assange por considerar que existem riscos para sua integridade e sua vida em consequência das revelações feitas no site Wikileaks, mas o governo britânico informou que negará o salvo-conduto para que possa sair da Inglaterra.
"Nós não autorizaremos Assange a sair livremente do Reino Unido, e não há base legal alguma para que façamos isto", disse o ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague. Quito aceitou os argumentos de Assange, que denuncia uma perseguição política de vários países, principalmente dos Estados Unidos, devido à divulgação de centenas de milhares de comunicados diplomáticos e documentos de Washington sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão.
O fundador do site WikiLeaks entrou na embaixada do Equador em Londres no dia 19 de junho, depois de esgotar todas as opções legais contra um pedido de extradição à Suécia. No país, ele é acusado de crimes sexuais, o que nega.