OMS alerta para risco de transmissão de coronavírus entre pessoas que não estiveram na China
Especialistas da entidade vão para o país asiático ajudar a coordenar resposta à crise
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A propagação do novo coronavírus fora da China poderia aumentar com a transmissão da doença por pessoas que nunca viajaram para o país, advertiu no último domingo o diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS). "Houve casos preocupantes de propagação do #2019nCoV por pessoas sem antecedentes de viagem" à China, tuitou Tedros Adhanom Ghebreyesus, utilizando a denominação científica provisória do vírus.
There’ve been some concerning instances of onward #2019nCoV spread from people with no travel history to . The detection of a small number of cases may indicate more widespread transmission in other countries; in short, we may only be seeing the tip of the iceberg.
— Tedros Adhanom Ghebreyesus (@DrTedros) February 9, 2020
"A detecção de um pequeno número de casos pode indicar uma transmissão mais generalizada em outros países; em poucas palavras, talvez só estejamos vendo a ponta do iceberg", acrescentou o etíope.
Por enquanto, a propagação da epidemia fora da China parece bastante moderada, mas Ghebreyesus advertiu que poderia acelerar: "O confinamento (do vírus) segue sendo nosso objetivo, mas todos os países devem usar a oportunidade criada pela estratégia de confinamento para se preparar para a possível chegada do vírus". Fora da China continental foram registrados mais de 350 pacientes em 30 países e territórios e dois mortos foram reportados, um nas Filipinas e outro em Hong Kong. Vários países proibiram as chegadas da China e as principais empresas aéreas suspenderam os voos para este país.
A Air China anulou alguns de seus voos aos Estados Unidos. Na China continental, o novo coronavírus causou 908 mortes e mais de 40 mil infectados, segundo o balanço reportado nesta segunda-feira pelas autoridades. Uma "missão de especialistas internacionais" da OMS, chefiada por Bruce Aylward, um veterano que trabalhou em outras emergências sanitárias, partiu para a China na noite de domingo à noite para ajudar a coordenar uma resposta à crise desatada em dezembro de 2019 na cidade de Wuhan (centro).