OMS faz alerta sobre uso de "passaportes" para pessoas já infectadas por Covid-19

OMS faz alerta sobre uso de "passaportes" para pessoas já infectadas por Covid-19

Agência disse que não há provas que afastem a possibilidade de reinfecção com o vírus

AE

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Com países adotando "passaportes de imunidade" para pessoas que já foram infectadas com o novo coronavírus, como forma de retomar gradualmente as atividades econômicas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou neste sábado um documento alertando que ainda não há provas que afastem a possibilidade de reinfecção com o vírus.

"Alguns governos sugeriram que a detecção de anticorpos do SARS-CoV-2, o vírus que causa Covid-19, pode servir como base para um 'passaporte de imunidade' que serviria para liberar cidadãos para viagens ou retorno ao trabalho, com a suposição que elas estão protegidas de reinfecções", diz a OMS. "Não há, neste momento, evidências que mostrem que pessoas que se recuperaram da doença e têm anticorpos estão protegidas de uma segunda infecção."

A agência também pontuou que, por conta do longo tempo de incubação da doença no corpo - entre uma a duas semanas - a pessoa pode criar anticorpos para a doença com o vírus ainda presente em sua corrente sanguínea e sem demonstrar sintomas, o que dificulta a exatidão de tais passaportes como medida de controle sanitário pelos países.

"Pessoas que assumem que estão imunes de uma segunda infecção porque receberam um teste positivo podem ignorar as medidas de saúde pública, portanto o uso de tais certificados pode aumentar o risco de transmissão continuada da doença", completa a OMS.


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