ONU autoriza envio de quatro mil soldados para o Sudão do Sul
Organização quer por fim no intenso combate que devasta o país
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Onze países dos 15 membros do conselho votaram a favor da resolução. China, Rússia, Egito e Venezuela se abstiveram na votação, mencionando o fracasso em garantir o consentimento sul-sudanês para a nova missão. Líderes africanos chamaram a força regional para proteger Juba e ajudar na proteção das bases da ONU após uma explosão de violência na capital que deixou centenas de mortos no início de julho.
Etiópia, Quênia e Ruanda são esperados para contribuir com a maior parte das novas tropas que serão autorizadas a "usar todos os meios necessários, incluindo a aplicação de medidas enérgicas quando for preciso" para cumprir o seu mandato. As tropas vão garantir a segurança de Juba e do aeroporto e "prontamente e efetivamente atuarão contra qualquer pessoa encontrada que esteja preparando ou executando ataques".
No âmbito da medida, o conselho considerará impor um embargo de armas ao Sudão do Sul se o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, relatar a existência de "impedimentos" para a mobilização das tropas. Ban apresentará um relatório ao conselho em 30 dias e uma votação sobre o embargo de armas poderia ocorrer nos cinco dias seguintes, se for descoberto que o governo de Juba não está cooperando. A devastadora guerra do Sudão do Sul dura dois anos e meio, alimentada por um crescente arsenal.
Cerca de duzentos mil sul-sudaneses têm buscado abrigo em bases das Nações Unidas em todo o país desde que a guerra começou, em dezembro de 2013. No total, mais de 2,5 milhões de pessoas foram forçadas a deixar suas casas por causa do conflito, inclusive 930.000 que fugiram para países vizinhos, informou a agência da ONU para os refugiados.