ONU diz que novo método de execução nos EUA pode constituir tortura

ONU diz que novo método de execução nos EUA pode constituir tortura

Sistema usa inalação de nitrogênio, que provoca morte por hipoxia

AFP

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O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos disse nesta terça-feira estar "alarmado" pela iminente execução de um condenado à morte nos Estados Unidos e que o método utilizado pode constituir tortura.

Trata-se de um sistema de execução por inalação de nitrogênio que provoca a morte por hipoxia (falta de oxigênio).

"Estamos alarmados com iminente execução nos Estados Unidos de Kenneth Eugene Smith, com um método novo e não testado, a hipoxia nitrogenada", disse Ravina Shamdasani, porta-voz do Alto Comissariado, em uma coletiva de imprensa em Genebra.

A execução "poderia constituir tortura ou outros tratamentos cruéis e degradantes, segundo o direito internacional", afirmou.

Segundo a porta-voz, o protocolo de execução por hipoxia nitrogenada do Alabama não prevê a sedação, enquanto a Associação Veterinária dos Estados Unidos (AVMA, em sua sigla em inglês) recomenda administrar um sedativo aos animais, mesmo os grandes, quando são sacrificados com este método.

A ONU pediu às autoridades do estado do Alabama que suspendessem a execução de Smith, marcada para 25 de janeiro, e está preocupada porque Mississípi e Oklahoma também aprovaram este método de execução.

A execução de Smith por injeção letal em novembro de 2022, por um assassinato encomendado em 1988, foi cancelada no último minuto porque o produto intravenoso usado para injetar a solução letal não pôde ser aplicado no prazo legalmente previsto.

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