ONU diz que referendos na Ucrânia "não podem ser considerados expressão de vontade popular"
Segundo primeiros resultados das consultas, mais de 98% dos votantes apoiaram a incorporação de Donetsk e Lugansk à Rússia
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A ONU (Organização das Nações Unidas) opinou nesta terça-feira que os referendos realizados nos últimos cinco dias em várias partes da Ucrânia, para que os habitantes votem sobre uma eventual anexação à Rússia, "não podem ser considerados uma expressão genuína de vontade popular".
"Não podem ser consideradas legais segundo o direito internacional", afirmou a subsecretária-geral da ONU, Rosemary DiCarlo, no Conselho de Segurança. Segundo os primeiros resultados das consultas, mais de 98% dos votantes apoiaram a incorporação das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk à Rússia.
Apesar do resultado ser condenado por Kiev, é possível que o presidente russo, Vladimir Putin, o formalize nos próximos dias. As potências ocidentais já anunciaram que não reconhecerão os resultados e ameaçaram o Kremlin com uma nova rodada de sanções, como aconteceu com a anexação da península ucraniana da Crimeia, em 2014. Além disso, a votação ocorreu sem um cessar-fogo, de modo que os combates continuaram entre o Exército ucraniano, as tropas russas e as milícias separatistas aliadas.
