Operação não consegue resfriar reatores de usina nuclear

Operação não consegue resfriar reatores de usina nuclear

Helicópteros derramaram 7,5 toneladas d'água por quatro vezes nos reatores da usina de Fukushima

Correio do Povo

Helicópteros derramam água para resfriar reatores da usina de Fukushima

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Os esforços das autoridades japonesas para resfriar os reatores 3 e 4 da usina nuclear de Fukushima parecem ter pouca eficácia na redução dos níveis de radiação no local. Na manhã desta quinta-feira (horário local), helicópteros passaram quatro vezes por cima dos reatores, derramando 7,5 toneladas de água do mar cada vez. Especialistas acreditam que o vapor saído da piscina do reator, cujas barras de combustível estão parcialmente expostas à atmosfera, pode liberar radiação.

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Horas depois do trabalho, realizado pela Tokyo Electric Power Company (Tepco), a agência de notícias Kyodo News, citada pela CNN, informou que a operação não havia diminuído os níveis de radiação – atualmente em 3 mil microsieverts por hora. Segundo o jornal, uma pessoa leva um ano para ser exposta a tal nível naturalmente.

Radiação

A crise nuclear no Japão teve origem no corte de energia após o terremoto de magnitude 8,9 de sexta-feira, que paralisou, inclusive, os geradores de emergência da usina de Fukushima 1, derrubando o sistema de refrigeração dos reatores atômicos.

A queda no sistema de resfriamento provocou a evaporação da água e exposição do material radioativo nos reatores, onde já ocorreram quatro explosões de hidrogênio e dois incêndios. "Com o trabalho completo, teremos a capacidade de ativar várias bombas elétricas e jogar água nos reatores e nas piscinas de combustível nuclear usado", destacou um porta-voz da Tepco.

No momento, cerca de 70 homens utilizam bombas de baixa capacidade para atacar o incêndio e resfriar os reatores de Fukushima, com eletricidade de caminhões geradores.

Com informações da AFP

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