Outro depósito de munições está ameaçado no Congo

Outro depósito de munições está ameaçado no Congo

Risco de propagação do fogo colocou autoridades em estado de alerta na cidade de Brazzaville

AFP

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Um depósito de munições localizado perto do que explodiu nesse domingo em Brazaville, deixando mais de 180 mortos e mais de 1,3 mil feridos, está ameaçado pelo risco de propagação do fogo. Os dois depósitos subterrâneos estão localizados a cerca de 100 metros um do outro, no regimendo de blindados do bairro Mpila, na zona Leste da capital do Congo, declarou em Brazzaville à AFP essa fonte que pediu para não ser identificada. "Existe o risco de propagação, porque o fogo pode alcançar o outro depósito", completou.

Vários técnicos dirigiram-se ao local nessa segunda-feira para avaliar a situação. "A prioridade é apagar os focos de incêndio que restam no depósito de munições que explodiu no domingo", declarou à AFP o ministro congolês do Interior, Raymond Mboulou.

O incêndio pode ter sido provocado por um curto-circuito. Nas ruas adjacentes ao depósito de munições, centenas de casas foram destruídas. "Foi um tsunami sem água", segundo o ministro. As autoridades habilitaram duas igrejas e um mercado para receber os desabrigados, estimados em 5 mil.

Ajuda médica do exterior

Os hospitais da cidade, mal equipados, trabalhavam em condições difíceis e os feridos se amontoavam em quartos e corredores. A França, ex-potência colonial, a União Europeia e a vizinha República Democrática do Congo anunciaram o envio de equipes médicas, materiais e medicamentos. O Marrocos montará um hospital de campanha, enquanto os Estados Unidos também preparam uma ajuda de emergência.

O secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, está "profundamente entristecido pela perda de vidas humanas" na explosão de Brazzaville e reiterou a cooperação da ONU para socorrer as vítimas, indicou um porta-voz das Nações Unidas.

Ban "apresenta suas sinceras condolências as família dos mortos, assim como ao governo e ao povo congolês. As Nações Unidas expressam seu apoio à República Democrática do Congo neste momento difícil e renova diante das autoridades congolesas a garantia da continuidade da cooperação e ajuda nas operações humanitárias de emergência em andamento".


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