Pai de suposto atirador se diz em choque após massacre
Peter Lanza afirmou que família está com coração quebrado
publicidade
"Nossos corações estão com as famílias e amigos que perderam seus entes queridos e com aqueles que se machucaram", escreveu. "Nossa família também está de luto como todos aqueles que foram afetados por essa enorme tragédia", disse Lanza.
O pai de Adam Lanza ainda se disse sem palavras para expressar a tristeza que sente. "Não tenho palavras para mostrar o quanto quebrado está o nosso coração. Estamos incrédulos e tentando encontrar respostas. Nós também estamos nos perguntamos sobre a razão para tudo isso. Nós colaboramos com as autoridades e vamos continuar a fazê-lo", afirmou.
Vítimas mortas com fuzil
O pior massacre da terrível história de ataques armados contra escolas dos Estados Unidos matou 20 crianças com entre seis e sete anos, com vários disparos de fuzil de assalto, informaram as autoridades na noite deste sábado, um dia após a tragédia que abalou o mundo.
Em um impressionante relato, o chefe do instituto médico legal de Connecticut, Wayne Carver, revelou que "todos os ferimentos são de arma de grosso calibre", certamente do fuzil de assalto encontrado no local. “Foi a pior cena de crime que já vi em 30 anos como legista”, revelou Carver. Ele foi auxiliado por outros quatro médicos legistas e dez técnicos, e fez a autopsia pessoalmente em sete vítimas, todas atingidas por “entre 3 e 11 disparos” cada.
Atirador forçou entrada na escola
A polícia revelou neste sábado que o atirador "não teve o ingresso permitido na escola, e forçou a entrada" no local para cometer o massacre. "Nossos investigadores na cena do crime, a escola, e na cena do crime secundário conseguiram muito, mas muito boas provas que poderão utilizar para determinar o panorama completo de como, e mais importante, porque, isto aconteceu", disse o tenente Paul Vance.
Uma mulher que sobreviveu ao tiroteio na escola é apontada como testemunha chave para a investigação. "Ela está bem, sendo atendida, e seu depoimento será decisivo", afirmou Vance.
Obama promete "medidas decisivas"
O presidente Barack Obama voltou a se dirigir ao povo americano neste sábado - após o emotivo discurso da véspera - para pedir que seja solidário com os familiares das vítimas do massacre, e defendeu "medidas decisivas para evitar estas tragédias".
"Este fim de semana, Michelle e eu estamos fazendo o que sabemos que todo pai está fazendo: mantendo nossos filhos o mais perto possível e recordando o quanto os amamos", disse Obama, pai de Sasha, 10 anos, e Malia, 14. "Há famílias em Connecticut que não podem fazer isto hoje. E eles precisam de todos nós agora", completou Obama em seu programa semanal de rádio.
"Nada pode substituir um filho ou um parente desaparecido, mas podemos estender a mão aos que precisam, para recordá-los que estamos aqui para eles, que rezamos por eles e para que o amor que sentiam por aqueles que perderam não permaneça apenas em suas memórias, mas também em sua comunidade e em seu país", acrescentou. "Cada pai nos Estados Unidos tem o coração pesado de dor", destacou.